Principais cuidados de enfermagem aos pacientes portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico: relato de experiência

Abstract

O objetivo deste estudo é relatar os principais cuidados de enfermagem aos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) realizados durante a residência de enfermagem. O LES é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Trata-se de um relato de experiência vivido por uma residente de enfermagem entre os meses de abril de 2017 a abril de 2018 em uma enfermaria de clínica médica, sustentado a partir do levantamento de dados na literatura. Os principais cuidados de enfermagem ofertados foram: promover ambiente calmo para sono e repouso; controlar rigorosamente o balanço hídrico; verificar peso diariamente em jejum; avaliar estado geral e nutricional; manter níveis pressóricos adequados; avaliar acessos venosos e outros dispositivos invasivos quanto a sinais flogísticos; avaliar dor, promover ambiente tranquilo e administrar analgésico; evitar leitos com incidência direta de luz solar; avaliar resultados de exames laboratoriais; oferecer cremes a base de uréia para hidratação da pele; incentivar e orientar sobre o autocuidado; fornecer informações suficientes sobre a doença e o tratamento e oferecer apoio emocional para enfrentamento das mudanças corporais. Encontraram-se apenas dois artigos na literatura que citavam cuidados de enfermagem aos portadores de LES. Os cuidados de enfermagem realizados corroboram com os dois artigos encontrados, porém nenhum deles citou sobre o cuidado de evitar leitos com incidência direta de luz solar. A experiência enquanto residente de enfermagem proporcionou domínio de competências técnicas e científicas para atuação na enfermagem clínica.

Tratamento farmacoterapêutico em mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico em uma clínica de Montes Claros-MG

“…Além disso, a fase de aceitação é acompanhada de sentimentos de medo, angústia e depressão, por se tratar de uma doença incurável, que exige tratamento contínuo e várias hospitalizações, o que impõe limites aos indivíduos e requerem constante adaptação do estilo e modo de vida (Alcântara et al, 2011;Lima et al, 2018) e destaca-se também a importância da assistência dos enfermeiros para promover a saúde, reduzindo os riscos às complicações e com isso melhorar a qualidade de vida dos pacientes e consequentemente ajudá-los a aceitar melhor a sua condição (Thiengo et al, 2019).…”

Care provided by nurses to patients with juvenile systemic lupus erythematosus

“…This lack of preparation or knowledge gap on JSLE in 83.8% of the nurses, who reported the need to know how to treat lupus to provide better care for patients, was also identified in an experience report that listed the nursing care practices to these patients. 10 These findings, in addition to the scarcity of publications about the care of nurses to patients with JSLE, suggest training should be directed not only to the treatment, pathophysiology, signs, and symptoms of the disease, but also to improvement of care.…”

“…(8) General supportive care (sun protection, physical activity counseling, multidisciplinary team, sexual function problems, contraceptive prescription, and/or plan to transition to an appropriate adult physician). (9) Practices available for the treatment of inpatients and outpatients with JSLE (electronic medical record, day hospital, dietary guidance, drug prescription, phone calls for clinical evaluation, appointment scheduling, community support, palliative care, psychological care, dental care, physiotherapy, speech therapy, collection of laboratory tests, intra-articular infiltration, administration of intravenous therapy, counseling of families and patients about the disease, participation in clinical trials, education of patients and families about the disease, treatment adherence, performance and teaching of physical activities, measurement of vital signs, assessment of anthropometric data, vaccination booklet, QoL questionnaires, pain assessment, and monitoring of adverse events) (10).…”

Systemic Lupus Erythematosus: case report using the Nursing Process

“…A Enfermagem pode promover intervenções preciosas para a melhoria das condições de vida e saúde do(a) paciente, tais como promover ambiente calmo para sono e repouso, controlar rigorosamente o balanço hídrico, verificar peso diariamente em jejum, avaliar estado geral e nutricional, manter níveis pressóricos adequados,avaliar acessos venosos e outros dispositivos invasivos quanto a sinais flogísticos, avaliar dor, promover ambiente tranquilo e administrar analgésico, evitar leitos com incidência direta de luz solar, avaliar resultados de exames laboratoriais, oferecer cremes à base de ureia para hidratação da pele, incentivar e orientar sobre o autocuidado, fornecer informações sobre a doença e o tratamento, além de apoio emocional. (19) No LES, drogas como anti-inflamatórios, corticoides, antibióticos, analgésicos, anti-seroso, antieméticos e imunossupressores foram os grupos de fármacos utilizados no tratamento da paciente, buscando a diminuição dos sintomas, controle da dor, prevenção de artrite e manifestações cutâneas, com vistas a impedir a progressão da doença para outros órgãos, prevenção de úlceras gástricas, náuseas e vômitos. (13) A evolução dos pacientes com LES é variável e exige uma Assistência de Enfermagem individualizada e vigilância cuidadosa por parte dos profissionais, por isso, os diagnósticos levantados sobre a paciente basearam-se tanto nos problemas reais, quanto nos potenciais e ainda relativos à melhoria do estado de saúde.…”