Primary description of pythiosis in autochthonous canine from the city of Mossoró, Rio Grande do Norte, Brazil

Abstract

Pythiosis is a granulomatous infectious disease caused by the oomycete Pythium insidiosum. In Brazil, there are a considerable number of studies on that disease in dogs mainly from the state of Rio Grande do Sul. Given the unfamiliarity of the affectation in dogs from other locations, such as the Northeast, its description in native animals from federal units of this latter region becomes essential. In this sense, this study aimed to register the first case of canine pythiosis found in the city of Mossoró, Rio Grande do Norte (RN), Brazil. A two-year-old mixed breed female dog was referred to the Veterinary Hospital of the Rural Federal University of the Semi-Arid (Mossoró, RN, Brazil). Physical examination showed swelling in the anal mucocutaneous junction. During rectal palpation, lumen stenosis was detected.Laboratory screening tests were requested, but due to nonspecific results, performing incisional biopsy of the anal lesion was decided. Fragments were sent for histopathological analysis, being used special histochemical staining. Accordingly, a case of pythiosis was found. Pharmacotherapy was applied with itraconazole and terbinafine hydrochloride prescription. After three months and twelve days of treatment, complete remission of the lesions occurred. One should consider pythiosis in native dogs from the city of Mossoró, RN. Adoption of diagnosis appropriate methods is essential for early disease identification, with a positive impact on therapeutic decisions. ________________________ Macêdo et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.8, n.4) p. 88 -109 out -dez (2014) Macêdo et al., Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.8, n.4) p. 88 -109 out -dez (2014

Canine pythiosis: an unnoticed disease in the small animal clinic

“…O mecanismo exato para o desenvolvimento da forma gastrentérica é desconhecido, no entanto, suspeita-se que seja relacionado com a ingestão de água contaminada pelos zoósporos móveis de P. insidiosum. Sugere-se que os zoósporos devem penetrar na camada submucosa através de lesões pré-existentes no trato gastrointestinal (Trost et al, 2009;Hunning et al, 2010), por ingestão de refugos alimentares (principalmente ossos) ou de corpos estranhos (Trost et al, 2009;Hunning et al, 2010;Macêdo et al, 2014). Embora raramente, a forma tegumentar da pitiose canina pode induzir a disseminação sistêmica de hifas pelo mecanismo de angioinvasividade (Martins, 2010).…”

“…No Brasil, o primeiro relato de pitiose cutânea canina foi escrito por Larsson et al (1997) (Riet-Correa et al, 1998;Rech et al, 2004;Rodrigues et al, 2006). No Nordeste do Brasil, a pitiose em cães foi relatada recentemente e primariamente, na cidade de Patos, estado da Paraíba (Tôrres et al, 2013), sucedida por uma segunda descrição, em um canídeo autóctone da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte (Macêdo et al, 2014).…”

“…Sinais de letargia ou depressão são típicos somente em obstrução, infarto ou ruptura do trato digestório. A evolução varia de quatro a 135 dias (Leblanc et al, 2008;Nonnermacher et al, 2009;Trost et al, 2009;Martins, 2010;Stragliotto et al, 2011;Macêdo et al, 2014).…”

“…O padrão varia de pruriginoso a aprurítico, mas a automutilação pode ser severa (Martins, 2010;Miller et al, 2013). Apesar do hábito de lamber e morder a área acometida (em razão de dor e/ou prurido), não há contaminação da cavidade oral devido a inexistência de transmissão por implantação, uma vez que os zoósporos biflagelados (forma infectante do P. insidiosum) não ocorrem em lesão granulomatosa (Macêdo et al, 2014).…”

“…Na região Nordeste tem-se conhecimento mínimo para a pitiose em caninos, com ínfimas descrições relacionadas, como a de Tôrres et al (2013) no estado da Paraíba e Macêdo et al (2014), no estado do Rio Grande do Norte. Além dos casos publicados, relatos informais de médicos veterinários indicam a presença da moléstia em diversos estados brasileiros (Leal et al, 2001).…”