Diagnostic challenges often arise when multiple central nervous system (CNS) lesions not accessible to biopsy are present on Magnetic Resonance Imaging (MRI). The differential diagnosis is broad, particularly in the context of exposure to steroids and/or in the setting of immunosuppression. Benign lesions to be considered are demyelinating diseases, sarcoidosis and other granulomatous diseases, and infectious diseases such as toxoplasmosis in immunocompromised patients and tuberculosis. Malignant lesions include CNS lymphoma, glioblastoma multiforme and brain metastases. The authors describe the clinical case of a 75-year-old woman with systemic lupus erythematosus (SLE), chronically medicated with Hydroxychloroquine 400 mg, Deflazacort 9 mg and Azathioprine 25 mg daily, who presented to the hospital with a 5-month history of progressive neurological deficits. It was particularly challenging, because the patient was immunocompromised, had multiple CNS lesions that were not accessible to biopsy and chronic therapy with corticosteroids altered the radiological pattern on brain MRI, masquerading the diagnosis. By writing up this case and review of the literature, further evidence is provided for loss of distinctive histological and radiographic findings of CNS lesions on steroid therapy, with a potential delay in diagnosis and subsequent worse prognosis. Key Words: Primary central nervous system neoplasms; central nervous system infections; Epstein-Barr virus infections; corticoids.
ResumoDesafios diagnósticos surgem frequentemente quando lesões múltiplas do sistema nervoso central (SNC) não acessíveis a biópsia estão presentes na Ressonância Magnética (RM). O diagnóstico diferencial é vasto, particularmente no contexto de exposição a corticóides e/ou estado de imunodepressão. As lesões benignas a considerar são as doenças desmielinizantes, sarcoidose e outras doenças granulomatosas, e doenças infecciosas como a toxoplasmose nos pacientes imunodeprimidos e tuberculose. As lesões malignas incluem o linfoma do SNC, glioblastoma multiforme e metástases cerebrais. Os autores descrevem o caso clínico de uma mulher de 75 anos com lúpus eritematoso sistémico, medicada cronicamente com Hidroxicloroquina 400 mg, Deflazacorte 9 mg e Azatioprina 25 mg diariamente, que foi admitida no hospital com um quadro com cinco meses de evolução de défices neurológicos progressivos. Este foi particularmente desafiante, uma vez que a doente era imunodeprimida, tinha lesões múltiplas do SNC que não eram acessíveis a biópsia e a corticoterapia crónica alterou o padrão radiológico na RM cerebral, mascarando o diagnóstico. O relato deste caso e revisão da literatura fornece mais evidência sobre a perda das características histológicas e radioló-gicas das lesões do SNC sob corticoterapia, com um potencial atraso no diagnóstico e subsequente pior prognóstico. Palavras-chave: Neoplasias primárias do sistema nervoso central; infecções do sistema nervoso central; infecções pelo vírus Epstein-Barr; corticóides.