Objetivou-se identificar o perfil epidemiológico das gestantes e recém-nascidos com sífilis em um bairro de São José do Rio Preto/SP. Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, por meio de prontuários e banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de 28 gestantes com sífilis gestacional e cinco recém-nascidos com sífilis congênita, na UBSF Solo Sagrado da área de abrangência da Região Pinheirinho de São José do Rio Preto/SP no período de 2019/2020. Em 2019, 268 gestantes realizaram pré-natal e 21 delas foram notificadas com diagnóstico de sífilis gestacional, apenas quatro bebês com sífilis congênita testaram positivo no teste treponêmico/não treponêmico no parto/curetagem e dois deles evoluíram para aborto. Já em 2020, 275 gestantes realizaram o pré-natal e sete foram diagnosticadas e notificadas com sífilis gestacional e apenas um bebê com sífilis congênita testou positivo no teste treponêmico/não treponêmico no parto. Considerando que as principais dificuldades encontradas para redução da transmissão vertical estão associadas ao diagnóstico tardio ou não tratamento, ou o tratamento inadequado das gestantes, além disso, fatores socioeconômicos, demográficos e assistenciais contribuem para o aumento da sua incidência.