Prevalência de sorologia positiva para infecçães sexualmente transmissíveis entre idosos

Abstract

Objetivo: Averiguar o perfil sorológico de reatividade para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em amostra de idosos residentes em comunidade. Metodologia: Inquérito epidemiológico por exames sorológicos de rastreio para reatividade contra Treponema pallidum, HIV 1/2 e os vírus associados às hepatites B e C em 495 indivíduos idosos (59.9% do sexo feminino) investigados independentemente de sinais ou sintomas para ISTs. Resultados: Taxas de reatividade para os agentes etiológicos da AIDS e das hepatites virais B e C mostraram-se compatíveis com as prevalências usuais de acometimento por essas ISTs na população brasileira. Entretanto, foi observada prevalência muito elevada de reatividade para sífilis (sintomática ou assintomática) no grupamento, equivalente à cerca de 1.290 casos por 10 mil pessoas idosas, o que sugere exposição proporcionalmente maior de idosos ao contágio por Treponema pallidum e aos risco da morbimortalidade associada a ISTs. Conclusões: Esse cenário indica que são necessárias adequações nos serviços de geriatria a fim de que considerem o rastreio para infecções sexualmente transmissíveis como parte integrante da rotina clínica de assistência a pessoas idosas.