Prevalência De Distúrbio Psíquico Menor E Fatores Associados Em Enfermeiros Intensivistas

Abstract

<p>Objetivo: estimar a prevalência e os fatores associados aos Distúrbios Psíquicos Menores em enfermeiros intensivistas. Método: estudo de corte transversal, censitário, exploratório, realizado em nove Unidades de Terapia Intensiva de sete hospitais de uma grande cidade do interior da Bahia, Brasil, no período de julho a novembro de 2016. Utilizou-se um questionário validado, autoaplicável e não identificado. Resultados: observou-se associação com as variáveis: idade, carga horária total de trabalho; carga horária de trabalho, plantão noturno, duplo vínculo e tipo de Unidade de Terapia Intensiva; e consumo de álcool. Conclusão: a prevalência estimada foi de 24,6% com elevada prevalência de Distúrbios Psíquicos Menores na população estudada. </p><p>Descritores: Sofrimento Mental. Enfermeiros. Unidades de Terapia Intensiva.</p>

Prevalência de distúrbios psíquicos menores em fisioterapeutas intensivistas de uma grande cidade do estado da Bahia

“…O perfil dos fisioterapeutas observado foi semelhante ao encontrado em outros trabalhos consultados que estudaram fisioterapeutas atuantes em UTI, predomínio do sexo feminino, solteiros 1,2 , e também, com o de outras categorias profissionais, idade média menor que 40 anos 4,7,8,11,19 , e tempo de trabalho em UTI menor que 5 anos 1,7 .…”

“…Observou-se também uma prevalência maior do que a encontrada no estudo de Nascimento et al 7 , de 24,6% em enfermeiras intensivistas de Feira de Santana, Bahia, com a de Rodrigues et al 4 , que estimou uma prevalência de 35,0% em enfermeiros de um hospital geral, em Feira de Santana, Bahia; de Alves et al 10 , que obteve 27,9% de positividade para DPM em profissionais de saúde do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro; de Nascimento Sobrinho et al 3 , de 26,0% em uma amostra aleatória de médicos, em Salvador, Bahia, com a de Araújo et al 9 de 33,3% em profissionais de enfermagem de um hospital público, em Salvador, Bahia, e com o de Carvalho, Araújo e Bernardes 5 , que encontrou uma prevalência de 22,9% em trabalhadores da Atenção Básica.…”

“…As atividades dos fisioterapeutas intensivistas são fortemente tensionadas por longas jornadas de trabalho e pelo desgaste psicoemocional nas tarefas realizadas no ambiente da UTI 1,2 . No Brasil, pesquisadores têm realizado estudos epidemiológicos com trabalhadores da área de saúde observando a associação entre as condições e características do trabalho em saúde e os Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) 3,4,[6][7][8][9][10][11] .…”

“…Porém, atualmente tem se destacado que esse ambiente também é estressante para a equipe profissional. Este estresse pelo trabalho em UTI ocorre principalmente por se tratar de um ambiente fechado, com condições e ritmos de trabalho extenuantes, rotinas exigentes, questões éticas que cabem decisões frequentes e difíceis, convívio com sofrimento e morte, imprevisibilidade e carga horária de trabalho excessiva 2,7,[13][14][15] .…”

“…A literatura registra que DPM constituem um importante fator de adoecimento entre os trabalhadores de saúde [3][4][5][6][7][8]10,11 , porém existem poucos estudos abordando fisioterapeutas intensivistas e muitos profissionais desconhecem esse distúrbio como fator de adoecimento no trabalho.…”