Introdução: A apendicite é a causa mais comum de dor abdominal aguda, que requer intervenção cirúrgica, sendo mais comum em adultos jovens. Seu diagnóstico precoce é essencial para reduzir a morbidade. Sua abordagem cirúrgica vai progressivamente tornando-se mais complexa, sobretudo após as primeiras 48 horas.Objetivo: Comparar a evolução no pós-operatório de pacientes com dreno abdominal na apendicite complicada, com aqueles que não tiveram a cavidade abdominal drenada.Método: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo dos pacientes submetidos a apendicectomia de janeiro de 2016 a dezembro de 2017 a partir do livro de registro de cirurgias de urgências do HRG, banco de dados do sistema eletrônico Track Care.Resultados: Entre os anos de 2016 e 2017 foram realizadas 374 cirurgias de apendicectomia pela emergência no Hospital Regional do Gama (HRG). Em 2016, 184 realizadas e em 2017, 190, um acréscimo de 3,2% em relação ao ano anterior. A doença foi mais prevalente em faixa etária menor ou igual a 30 anos, cerca de 58,8%, é mais frequente em homens jovens com 68,7% dos casos analisados. Em torno de 48% dos pacientes submetidos a apendicectomia tiveram complicações.
Conclusão:No presente estudo foi observado que a maioria da população acometida pela patologia são de adultos jovens do sexo masculino. Indivíduos com idade mais avançada tem maior tempo de evolução clínica e consequentemente maiores taxas de apendicite complicada. O uso do dreno abdominal na apendicite não apresentou muitos benefícios e acarretou ao paciente maior taxa de complicações pós-operatórias.