Objetivo: analisar a prevalência da polifarmácia e o perfil farmacoterapêutico de idosos adscritos em uma unidade de saúde da família. Métodos: Estudo farmacoepidemiológico transversal, quantitativo, descritivo e analítico, realizado com indivíduos com 60 anos ou mais no município de Lafaiete Coutinho – BA. A associação entre as variáveis foi testada usando a Regressão de Poisson, com cálculo robusto de razões de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) e significância p<0,05. Resultados: Participaram 70 idosos; a prevalência da polifarmácia foi de 24,3% e mostrou-se significativamente associada ao uso dos serviços de saúde pelo menos uma vez por ano (RP=1,44; IC=0,29-3,67; p<0,001) ou por mais de duas vezes ao ano (RP=3,43; IC=1,61-7,43; p<0,01); aos idosos que não conhecem a indicação dos seus medicamentos (RP=7,40; IC=1,37-39,89; p=0,02), aos que relataram queixas sobre medicamentos (RP=4,09; IC=0,78-21,42; p=0,04) e aos que necessitam de algum recurso pra lembrar de tomar os seus medicamentos (RP=4,17; IC=0,97-17,94; p=0,05). O fator ajuda para tomar os medicamentos mostrou-se como fator de proteção (RP=0,19; IC=0,03-1,00; p=0,02). Conclusão: A prevalência da polifarmácia foi considerável e sugere a necessidade de uma maior sensibilização por parte dos profissionais de saúde, no que compete ao acompanhamento dos potenciais riscos e benefícios associados, afim de garantir o uso seguro dos medicamentos em regimes de polifarmácia nestes idosos.