“…A PAVMI é referida como uma das três formas de pneumonia (Jameson et al, 2015)(tradução livre), surge na sequência da utilização da VMI, com incidências até 52% dos doentes com necessidade de VMI (idem) e pode ser classificada de precoce ou tardia, consoante ocorra, respetivamente, até às 96 horas após internamento ou após as 96h, com pelo menos 48 horas de VMI (Ferreira et al, 2017;Frota et al, 2019). Decorre da colonização por microrganismos epidemiologicamente significativos, como a Klebsiella spp, o Staphylococcus aureus e a Pseudomonas aeruginosa (Ferreira et al, 2017, referindo Batista et al, 2013, microrganismos com caraterísticas de multirresistência (Ferreira et al, 2017), podendo esta colonização ocorrer em qualquer porção das vias aéreas (superiores ou inferiores) mas também ao nível da cavidade oral, uma vez que a redução do nível de consciência induzido pela medicação associada à manutenção de dispositivos médicos (curarização, sedação e/ou analgesia) leva a uma diminuição ou ausência de higiene oral por parte da pessoa doente (Ferreira et al, 2017). Refere-se ainda que a presença do TET promove a "diminuição significativa do mecanismo de defesa pulmonar" (Reis, 2017, p. 17, referindo ECDC, 2012e Perkins et al, 2010, podendo originar "tosse ineficaz, disfunção mucociliar e numa alteração do adequado encerramento da epiglote, ocasionando microaspirações" (Reis, 2017, p. 26), tornando-se assim num fator de risco de desenvolvimento de infeções, ao mesmo tempo que se considera um dispositivo de último recurso.…”