RESUMO -OBJETIVO. A proposta deste estudo foi a avaliação da atividade in vitro
INTRODUÇÃOA resistência bacteriana tem emergido como um problema mundialmente importante, fazendo com que muitas classes de antimicrobianos tenham se tornado menos efetiva nos últimos anos. Algumas vezes, parte da emergência de resistência está relacionada ao uso intensivo ou inadequado desses compostos, ocasionando a seleção de patógenos resistentes 1 . Pacientes infectados por bactérias resistentes necessitam de maior tempo de hospitalização, apresentam risco aumentado de mortalidade e utilizam antimicrobianos mais potentes, que normalmente são mais caros e/ou mais tóxicos 2 . Esses fatores têm motivado a busca por drogas cada vez mais potentes e estáveis aos mecanismos de resistência bacteriana. Muitas vezes, modificações estruturais são realizadas nas moléculas de antimicrobianos já utilizados na prática clínica para que esse objetivo seja alcançado.No final dos anos 80, as fluoroquinolonas tornaram-se uma excelente opção para o tratamento de infecções causadas por bactérias aeróbias gram-negativas, pois, além de potentes, essas drogas permitiam a continuação do tratamento por via oral 3,4 . Atualmente, com o aumento da importância das infecções por cocos gram-positivos como os enterococos e estreptococos, para os quais as fluoroquinolonas têm potência limitada 5 , e com a emergência de bactérias gram-negativas resistentes a essa classe de antimicrobianos 6,7 , tem sido incentivada a pesquisa por novos compostos dessa classe.A grepafloxacina (anteriormente designada OPC 17116) é uma fluoroquinolona que mantém potente ação contra gram-negativos e maior potência contra gram-positivos, quando comparada com as fluoroquinolonas já disponíveis comercialmente no Brasil. Como essa droga parece apresentar excelente penetração tecidual, principalmente pulmonar, e possuir melhor atividade bactericida contra Staphylococcus