A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está entre as doenças cardiovasculares de maior prevalência, exigindo medidas de controle de baixo custo e eficazes que se adequem à realidade brasileira como o Monitoramento Residencial de Pressão Arterial (MRPA). A partir deste contexto este estudo transversal foi realizado com uma amostra de 50 pacientes com idade média de 66,7 anos (±8,2 anos). Foram utilizados questionários com questões dados pessoais (data de nascimento, sexo e nível de escolaridade); sobre a adesão a terapia não farmacológica (prática de atividade física, dieta de diminuição sódio e ausência de tabagismo), e preenchimento da tabela do MRPA por 5 dias. Na análise estatística utilizou-se o teste do Qui-quadrado, o teste exato de Fisher e a regressão linear múltipla para examinar os níveis de HAS com as variáveis do estudo. Os resultados mostraram que os idosos classificados como analfabetos ou ensino fundamental incompleto relataram dificuldade na mensuração do MRPA. A terapia não farmacológica explicou 10,3% da variabilidade da HAS aferida pelos pacientes, sendo que somente os pacientes que nunca fizeram uso de tabaco apresentaram predição positiva de 15,2 vezes menos chance de alteração na HAS. Conclui-se que ocorreu uma baixa adesão dos pacientes idosos a terapia não-farmacológica, sendo que os pacientes não fumantes e com melhores níveis de escolaridade apresentaram melhores níveis de hipertensão arterial sistêmica, assim a terapia não farmacológica explicou 10,3% da variabilidade da hipertensão entre os idosos.
Palavras-chaves: Hipertensão, Terapia, Não-farmacológico.