Prevalence and factors associated with the occurrence of urinary incontinence during pregnancy

Abstract

Objectives: to determine the prevalence of urinary incontinence (UI) during pregnancy, to identify and quantify the factors associated with gestational UI. Methods: a cross-sectional study carried out with women admitted for deliveries in all maternity wards in the city of Botucatu (São Paulo). Data were collected through a structured questionnaire, based on the literature, containing questions about the occurrence of UI, its types, risk factors and moments when urinary losses occurred. Associations between UI and the predictive variables were analyzed with logistic regression models. Results: 950 women were interviewed, out of which 472 complained of urinary losses during pregnancy, resulting in a prevalence of 49.68% (CI95%= 46.51 - 52.86). The majority (61.8%) were classified as mixed UI. Among the covariates investigated, smoking (OR= 4.56), illicit drugs use (OR= 25.14), stimulant foods (OR= 1.84), constipation (OR=1.99), hypertensive disorders during gestation (OR= 3.23), gestational diabetes mellitus (OR= 2.89), parity (OR= 1.52) and previous caesarean sections (OR= 2.56) increased the chance of urinary losses during pregnancy. Conclusions: there was a high prevalence of UI during pregnancy. This condition was strongly associated with lifestyle habits and gestational morbidities. Finally, it is worth high-lighting the fact that delivery via caesarean section increased the chance of UI in subsequent pregnancies.

Atenção individual e coletiva à saúde materna e infantil no cenário brasileiro

“…A incontinência urinária no período gestacional é uma condição comum e tem sido alvo de estudos, os quais apresentaram prevalências consideráveis em espaços amostrais. Parte das pesquisas apresentou valores acima de um quarto da população avaliada (DINÇ, 2018;BALIK et al, 2016;OKUNOLA et al, 2018;SANTINI et al, 2019).…”

“…Corroboram esse estudo pesquisas realizadas por Barbosa et al (2018a), Kok et al (2016) e Santini et al (2019). Balik et al (2016) também apresentaram resultados estatisticamente significantes relativos à paridade, sendo as multíparas com maior prevalência, no entanto, referiram-se apenas à IUE.…”

“…No tocante aos hábitos de vida, o tabagismo foi o principal fator de risco estudado. Estudo transversal com 950 mulheres, realizado no Brasil, por Santini et al (2019), na cidade de Botucatu-SP, apontou que as gestantes com hábito de fumar apresentaram chance 4,5 vezes maior de apresentar IU do que aquelas que não fumavam, resultado semelhante ao de Balik et al (2016). Em contrapartida, o estudo realizado por Dinç (2018) não apresentou relação significativa com a IU entre gestantes fumantes e não fumantes.…”

“…Em contrapartida, o estudo realizado por Dinç (2018) não apresentou relação significativa com a IU entre gestantes fumantes e não fumantes. Santini et al (2019) também encontraram associação entre morbidades gestacionais, como distúrbios hipertensivos na gestação e diabetes mellitus gestacional, e o aumento na chance de adquirir IU durante o período de gravidez. No mesmo estudo, destacou-se o achado de que histórias prévias de parto cesárea se enquadram como fator de risco.…”

“…A Incontinência Urinária (IU) tem etiologia multifatorial, relaciona-se à idade, cor da pele, multiparidade, constipação, álcool e drogas ilícitas, comorbidades (como diabetes mellitus e hipertensão), bem como ao alto índice de massa corporal pré-gestacional e às adaptações gestacionais (SANTINI, 2019).…”