Abstract:Pode-se supor que um livro, ou melhor, que o desejo de escrever um livro, nasça da motivação de um autor em compartilhar suas ideias. A partir do "nascimento" do livro, será por meio da acolhida de seus leitores que se traçará seu percurso singular. Neste encontro, entre o livro e seu leitor, novas ideias e interrogações se produzem, sendo que a qualidade desta incessante dinâmica confere ao texto um valor inestimável: a capacidade de fazer pensar e de se desdobrar na produção de novas inquietações. Assim é Pr… Show more
“…Afinal, não se trata, como no momento em que a clínica "psi" obedecia ao primado da interpretação, de falar do paciente, mas de falar com o paciente, o que implicava poder vivenciar afetos e perceptos apropriados a essa experiência (cf. Kupermann, 2008).…”
Section: Os Tempos Do Cuidado Na Cínica: Hospitalidade Empatia E Saúd...unclassified
Pretende-se problematizar, a partir de um enfoque psicanalítico, os meios encontrados pelos sujeitos em estado de adoecimento para lidar com o seu sofrimento entre o tempo do jogo ilusão/desilusão, os tempos do trauma e os tempos do cuidado. Para esse fim, parte-se de uma ilustração encontrada no romance O cisne negro, de Thomas Mann, no qual a personagem, frente à realidade trágica da existência, reconhece e, imediatamente, obtura a verdade dolorosa, reproduzindo o movimento psíquico descrito por Freud no jogo do carretel. Já no que concerne às relações de cuidado propostas pela psicologia hospitalar, mostrar-se-á de que modo é o fracasso do testemunho da experiência de dor que configura a dimensão traumática do adoecimento. Nesse sentido, indicam-se os tempos do adoecimento entre o tempo do indizível, o tempo do testemunho e o tempo da indiferença desautorizadora. No que concerne aos tempos do cuidado, o autor indica os tempos da hospitalidade, da empatia e da Saúde do cuidador.
“…Afinal, não se trata, como no momento em que a clínica "psi" obedecia ao primado da interpretação, de falar do paciente, mas de falar com o paciente, o que implicava poder vivenciar afetos e perceptos apropriados a essa experiência (cf. Kupermann, 2008).…”
Section: Os Tempos Do Cuidado Na Cínica: Hospitalidade Empatia E Saúd...unclassified
Pretende-se problematizar, a partir de um enfoque psicanalítico, os meios encontrados pelos sujeitos em estado de adoecimento para lidar com o seu sofrimento entre o tempo do jogo ilusão/desilusão, os tempos do trauma e os tempos do cuidado. Para esse fim, parte-se de uma ilustração encontrada no romance O cisne negro, de Thomas Mann, no qual a personagem, frente à realidade trágica da existência, reconhece e, imediatamente, obtura a verdade dolorosa, reproduzindo o movimento psíquico descrito por Freud no jogo do carretel. Já no que concerne às relações de cuidado propostas pela psicologia hospitalar, mostrar-se-á de que modo é o fracasso do testemunho da experiência de dor que configura a dimensão traumática do adoecimento. Nesse sentido, indicam-se os tempos do adoecimento entre o tempo do indizível, o tempo do testemunho e o tempo da indiferença desautorizadora. No que concerne aos tempos do cuidado, o autor indica os tempos da hospitalidade, da empatia e da Saúde do cuidador.
“…A mãe, sintonizada com o ritmo de seu bebê, deve diminuir gradualmente sua adaptação absoluta a ele (como ocorre no desmame). Se, por um lado, isso irá frustrá-lo, fazendo-o experimentar a desilusão da onipotência, por outro, permitirá que seu filho siga rumo à dependência relativa, adquirindo, aos poucos, o sentido de realidade (Kupermann, 2008). Para isso, o bebê precisa se identificar com a mãe, tendo ideia do que ela está sentindo, e manter viva a imagem dela em seu psiquismo (constância objetal) (Winnicott, 1986b(Winnicott, /1999.…”
Section: Desenvolvimento Emocional Primitivounclassified
Resumo: Este trabalho propõe uma análise do filme O contador de histórias, partindo da teoria do desenvolvimento emocional primitivo de D. W. Winnicott. O filme traz a história de um menino que fora afastado do contato com sua família e desenvolveu a tendência antissocial. Utilizando o método da análise de conteúdo, são selecionados oito trechos da película e definidas seis categorias de análise: função materna, criatividade, espaço potencial, deprivação, tendência antissocial e ambivalência. Compreende-se que a relação estabelecida entre o menino e uma pedagoga que surge na trama possibilitou o resgate do processo de amadurecimento do personagem. Palavras-chave: função materna; tendência antissocial; psicanálise; análise de conteúdo. Abstract: This paper proposes an analysis of the film O contador de histórias, based on the theory of primitive emotional development of D. W. Winnicott. The film tells the story of a boy who had been away from contact with his family and developed the antisocial tendency. Using the method of content analysis, eight excerpts are selected from the film and six categories of analysis are defined: maternal function, creativity, potential space, deprivation, antisocial tendency and ambivalence. It is understood that the relationship established between the boy and an educator who appears in the plot allowed the rescue of the ripening process of the character. Keywords: maternal role; antisocial tendency; psychoanalysis; content analysis
“…Conhecido como o analista dos casos graves (Pinheiro, 1995) suas ideias engrandecerão nosso estudo sobre uma clínica em que as pedras angulares postuladas por Freud como o recalque e a interpretação cederão um maior espaço a uma escuta sensível (Kupermann, 2008).…”
Section: )unclassified
“…Dessa forma, Ferenczi nos auxilia a problematizar a temática do suicídio por um vértice que sublinhe um ambiente hostil e traumático. Conhecido como o analista dos casos graves (Pinheiro, 1995), suas ideias engrandecerão nosso estudo sobre uma clínica em que as pedras angulares postuladas por Freud (1919Freud ( [1918/2021), como o recalque e a interpretação, cederão um maior espaço a uma escuta sensível (Kupermann, 2008). E Winnicott, por meio de sua experiência como pediatra, observou de perto a relação mãe-bebê, identificando um longo percurso na conquista do amadurecimento emocional e recolhendo os efeitos das falhas ambientais.…”
Ao meu orientador, Carlos Augusto Peixoto Junior, por respeitar meu ritmo de escrita e pelas ricas contribuições feitas ao longo desse trabalho.Ao Departamento de Psicologia do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio, pelos auxílios concebidos, sobretudo no período mais crítico da pandemia, onde as aulas ocorreram de forma remota.Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio por tantos aprendizados.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Código de Financiamento 001 À Issa Damous, que me acompanha desde o período da graduação, e por ter me apresentado uma psicanálise sensível, por ter apostado nos meus primeiros passos na clínica e por hoje ter aceito o convite para compor a banca examinadora.Ao Estellita-Lins e suas contribuições realizadas na banca de qualificação, foi a partir delas que esse trabalho foi construído.Aos meus pais por entenderem e respeitarem meu tempo nesses anos do mestrado.Sobretudo ao meu pai que sempre se colocou disponível para me acolher nos momentos mais delicados.Ao meu irmão e minha cunhada pela parceria na vida.Às minhas avós: (In memorian) Dolores que sempre falava sobre a necessidade de aprender e escutar. E a Anízia, mulher analfabeta, que foi meu ambiente suficientemente bom na infância e que faleceu durante a escrita desse trabalho.Aos amigos que me acompanharam nesse percurso. À minha analista, Carla Siqueira Boy, por sua escuta e pontuações sempre assertivas.Às minhas pacientes, sem a possibilidade de escutá-las esse trabalho não seria possível.
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