RESUMOO teor de biodiesel no diesel tende a aumentar cada vez mais no Brasil, tendo como objetivos diminuir o custo com a importação do diesel e aumentar a parcela de uso de energia renovável. Entretanto, a baixa estabilidade oxidativa do biodiesel é uma das barreiras para sua ampla aceitação comercial. Portanto, é de fundamental importância que se desenvolvam testes de oxidação acelerada capazes de avaliar essa propriedade crítica, tanto para o biodiesel puro, quanto para suas misturas com o diesel.Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a estabilidade oxidativa do biodiesel e suas misturas com diesel através da Calorimetria Exploratória Diferencial Pressurizada (PDSC), técnica na qual se mede a variação do fluxo de calor no decorrer da reação.Foram avaliadas amostras de biodiesel e diesel (S10 e S500), além de misturas B7 e B20, através de curvas isotérmicas e não-isotérmicas no PDSC. Os resultados foram comparados com o Rancimat (EN 15751 e EN 14112), metodologia atualmente reconhecida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP).Foram obtidos resultados coerentes com o Rancimat, sendo identificados os fatores que influenciam significativamente na estabilidade oxidativa das misturas, e o impacto causado pela adição do biodiesel.
Palavras-chave:Biodiesel, Diesel, Estabilidade Oxidativa, Rancimat, PDSC.
INTRODUÇÃONas últimas décadas, tem-se buscado assiduamente o desenvolvimento de energia sustentável. Esse crescimento é acompanhado por incentivos de diversos governos ao redor do mundo para a melhoria da produção e o consumo de energias renováveis.Nesse contexto, o biodiesel foi introduzido na matriz energética brasileira em Janeiro de 2005, com o lançamento do Programa Nacional de Biodiesel, visando a produção