Este artigo modifica o modelo DSGE de Gertler & Karadi (2011), que inclui fricção sobre o balanço dos intermediários financeiros, para introduzir a exigência de recolhimentos compulsórios pela Autoridade Monetária e um choque de confiança dos depositantes no sistema financeiro. Os impactos dessas mudanças sobre os canais de transmissão da política monetária são analisados. Os resultados indicam que a presença de compulsório amplifica a transmissão da política monetária pelo canal do crédito, aumentando a alavancagem dos bancos quando há uma queda nos juros e diminuindo caso contrário. A diminuição do crédito quando os juros aumentam pode ser contrabalanceada por uma política macroprudencial de ajuste do nível de compulsório baseada em uma regra que depende de desvios do crédito no estado estacionário. O compulsório não deve, porém, substituir a taxa de juros como o instrumento de política monetária mais adequada para estabilizar a inflação.