Pregnant-puerperal care in Network: the experience of nurses, doctors and administrators

Abstract

Objective: Understand the experience of nurses, doctors and administrators of pregnancy-puerperal cycle care to women in the Rede Mãe Paranaense (Freely translated as Paranaense Mother Network). Method: Qualitative research according to social phenomena with 44 professionals from 10 municipalities of the Regional of Health, in Paraná State, Brazil. The testimonies were recorded until converge and were analyzed following the steps established from the background. Results: It was understood a content of meaning experienced among different professional classes. The "motives why" in which the Network was a reasoned proposal to improve the mother care quality, although there is disarticulation in the planning and application. The expectation for "motives for" proved fragility and challenges to reach the goals and aims of the Network in the Primary Health Care practice. Final considerations: The Network reorganization was carried out, but there are gaps in the reference and counter-reference system, especially for the pregnancy and high risky childbirth and puerperal cycle.

Interdisciplinaridade no cuidado às mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal

“…A unidade, por meio do acolhimento em tempo integral, dispõe de teste urinário de gravidez para a captação precoce das gestantes, ponto de partida para qualificar a assistência pré-natal. 13 Toda mulher em idade fértil com história de atraso menstrual de 15 dias ou mais é orientada pela equipe de saúde a realizar o teste de gravidez. Os profissionais de enfermagem de nível médio realizam o teste e a confirmação da gravidez ocorre em consulta médica ou de enfermagem, no mesmo dia.…”

“…Contudo, apesar do acesso facilitado e do olhar atento dos profissionais quanto à presença de sinais e sintomas de gestação nas mulheres adscritas à equipe, algumas gestantes procuram a ESF para iniciar o pré-natal após o primeiro trimestre de gestação, por vezes comprometendo os cuidados de saúde em tempo oportuno. 5,13 Percebe-se que os principais motivos para o início do pré-natal tardiamente são a falta de planejamento e a insatisfação com a gravidez, além de outros fatores, incluindo: multiparidade, desconhecimento da gravidez e baixa escolaridade. Dados semelhantes apareceram em estudos que mostraram associação entre a não realização de pré-natal com menor escolaridade, ser solteira e ser multípara, 14,15 além de gravidez indesejada, insatisfação com a gravidez e tentativa de interrupção da gestação.…”

“…Tal realidade demonstra discrepância com relação ao contexto de pesquisa em que gestantes de alto risco nem sempre conseguem acessar o serviço especializado, comprometendo a qualidade do pré-natal. 13,19 Vale destacar que a ESF preconiza manter o seguimento da gestante, mesmo quando está em acompanhamento de pré-natal em serviços de maior complexidade, visto que a unidade de referência da APS deve ser a coordenadora do cuidado e responsável pelo acompanhamento longitudinal. 3,20 Contudo, estudo identificou realidade em que apenas 46,5% das 1.886 gestantes de alto risco entrevistadas mantiveram também o pré-natal na APS após encaminhamento para atenção especializada.…”

“…Entretanto, em muitos lugares, não existem estratégias implementadas e os atendimentos acontecem somente por busca espontânea da puérpera. 13 Além disso, o estudo evidenciou que das 572 mulheres entrevistadas, 142 (24,8%) não realizaram consulta puerperal, sendo mais comum em mulheres com menor escolaridade e menor renda, 18 dando margem para desfechos desfavoráveis.…”