ResumoO crescimento do adoecimento psíquico tem despertado o interesse da área de saúde do trabalhador no estudo da relação entre trabalho e saúde mental. Dentre os trabalhadores da saúde, a enfermagem representa o maior contingente de força de trabalho no setor e, devido à frequente exposição a inúmeros fatores estressores, apresentam aumento significativo de adoecimento mental relacionado ao trabalho. O objetivo deste estudo foi identificar os processos de adoecimentos e sofrimento mental mais frequentes entre trabalhadoras(es) da enfermagem no Brasil e relacioná-los às condições de trabalho e as estratégias de enfrentamento descritas na literatura científica recente. A revisão integrativa foi conduzida em bases de dados eletrônicas na área da saúde, em maio de 2020, e resultou na seleção e análise de 17 estudos. Os resultados mostram que o ambiente hospitalar e suas condições de trabalho, sobrecarga de atividades, condições de trabalho precárias, prazos curtos para realizar as atividades e relação conflituosa com a equipe e usuários constituem o principal cenário dos estudos sobre o adoecimento e sofrimento mental dos trabalhadores de enfermagem. Os processos de adoecimentos e sofrimento mental mais frequentes envolvem as consequências do estresse como: ansiedade, desmotivação, mau-humor, dores no corpo, distúrbios osteomusculares, irritabilidade, alteração do fluxo menstrual, insônia, déficit da atenção e concentração, úlceras gástricas e duodenais, fadiga, enxaquecas, entre outros. As estratégias adotadas pelos trabalhadores para minimizar o estresse do trabalho são predominantemente individuais, apontando para uma lacuna de estudos, ou da própria realidade, acerca das estratégias coletivas. Palavras-chave: saúde do trabalhador; saúde mental; recursos humanos de enfermagem.