Práticas Integrativas e Complementares como projetos inovadores nos territórios do SUS

Abstract

ResumoAs Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas (MTCI), também conhecidas como Práticas Integrativas Complementares (PICs) no Brasil, abordam a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado.Este artigo analisa o desenrolar do desenvolvimento das PICs, desde os anos das primeiras introduções dos assuntos relativos a elas no Serviço Único de Saúde (SUS); Com o intuito deperceber, neste contexto, o SUS como promotor do desenvolvimento territorial, entender a evolução histórica das PICs nele inseridas e avaliar as evidências científicas das mesmas, com suas respectivas distribuições regionais; por meio de pesquisa documental nas normativas e nos artigos pertinentes a este tema elevando em consideração as informações disponibilizadas pelas equipes de Saúde no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) realizou-se um ensaio teórico-metodológico. Os resultados indicam subnotificação nos registros das mesmas nos serviços no CNES em comparação às informações do Relatório de Monitoramento Nacional das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nos Sistemas de Informação em Saúde (2020), assim como também mostram a ampliação da oferta destas práticas, a manutenção do estado de São Paulo como líder na implantação e a manutenção das PICs na Atenção Primária em Saúde (APS). Tais informações são importantes para o planejamento da implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) nos próximos anos, tendo como perspectiva a suaampliação, passando-se a entender o seu desenvolvimento como um projeto da sociedade, em buscada melhoria na qualidade de vida das pessoas: premissas convergentes da APS, das PICs, do SUS e dos desenvolvimentos sustentável e territorial. Palavras-chave:Desenvolvimento Territorial. Sistema Único de Saúde. Práticas Integrativas e Complementares. Promoção da Saúde. Atenção Primária à Saúde. Introdução A Organização Mundial da Saúde (OMS) há, já algum tempo, vem estimulando as chamadas Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas