“…As publicações analisadas, cujas análises utilizaram os óleos essenciais para a remediação de fungos, foram muitas e diversificadas, como por exemplo: comparação de formulações comerciais e óleo de Melaleuca (Melaleuca alternifolia) para remediação de fungos (Aspergillus fumigatus e Penicillium chrysogenum) do ar de ambientes internos, sendo óleo essencial o agente antifúngico mais eficaz testado, podendo ter aplicação industrial na remediação de contaminação por fungos em edifícios residenciais e ocupacionais (Rogawansamy et al, 2015); testes com óleos essenciais de plantas ecologicamente corretas quanto à sua eficiência na proteção de madeiras valiosas contra a colonização por mofo e fungos da decomposição da madeira (Aspergillus niger, Penicillium commune, Coniophora puteana, Trametes versicolor, Chaetomium globosum) e infecção natural por esporos transportados pelo ar (Bahmani & Schmidt, 2018); uso de óleo essencial de orégano na prevenção da infecção por Plasmopara vitícola (principal patógeno da viticultura mundial) em videiras (Vitis Vinifera) e estimulante dos mecanismos de imunidade das plantas, sendo indicado com alternativa para a redução de fungicidas sintéticos na agricultura (Rienth et al, 2019). Nos artigos analisados, as abordagens sobre óleos essenciais como antimicrobiano contra patógenos também foram bem diversas, tais como: avaliação da atividade antimicrobiana de óleos essenciais de plantas medicinais (Ricinus communis, Sesamum indicum, Madhuca longifólia, Eclipta prostrata, Alternanthera sessile, Hydnocarpus pentandra, Wringtia tinctoria, Nigella sativa, Azadirachta indica) contra Pseudomonas isoladas de ambientes aquáticos, sendo W. tinctoria indicado como significativo para aplicação em remediação de sistemas de aquicultura (Vaseeharan et al, 2013); mistura do EO de laranja, patchuli, hortelã-pimenta e sálvia como sendo benéfico para a inibição do crescimento de vários microrganismos (Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Pseudonomas aeruginosa e Aspergillus brasiliensis), fornecendo uma opção antimicrobiana natural sobre fragrâncias sintéticas usadas em sabonetes, sprays corporais e purificadores de ar (Vieira-Brock et al, 2017); uso de mistura de óleos essenciais de orégano, canela e cravo como potencial desinfetante em várias áreas, observando-se a redução do número de bactérias aeróbias mesófilas totais e Escherichia coli abaixo dos limites de detecção, sendo essa sinergia de óleos essenciais indicadas como alternativa ao etanol, o qual é comumente utilizado para a desinfecção de ambientes, equipamentos e superfícies (Sengun et al, 2020); uso de OE da casca de canela como ativo contra cepas clínicas e ambientais de Acinetobacter baumannii, sendo esse óleo indicado para ser empregado no combate a infecções causadas por bactérias do gênero Acinetobacter como componentes de formulações para higiene e desinfecção de ambiente hospitalar (Sienkiewicz et al, 2014).…”