Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência – P3 em crianças com e sem queixas de dificuldade de aprendizagem

Abstract

Introduction:Children with learning impairment complaints may show changes in the functioning of the central auditory system. The Long Latency Auditory Evoked Potential -P3 is useful in the functional evaluation of the central auditory structures, and can be used as an auxiliary method in the early identification of learning impairment. Purpose: To analyze and compare latencies and amplitudes obtained in P3 of children that complained or not of learning impairment with normal hearing. Methods: The sample consisted of 30 children complaining of learning impairment (study group) and 14 children that did not complain (control group), aged 9 years and 12 years and 11 months. All the children underwent peripheral audiologic evaluation and the P3 study. Results: It was found that the mean P3 latency of the study group was significantly higher than the control group. When comparing P3 amplitude values, there was no difference, although the mean of the study group was lower when compared to the control group. It was observed that, for age and P3 latency, no significant correlation was detected. A similar situation was observed in the relation of age and amplitude, which, even though negative, it was not significant. Conclusion:The group of children with learning impairment complaints presented P3 latency values greater than the children in the group of children that did not complain. No correlation was found in the P3 wave amplitude values between groups.

Acidente vascular cerebral em crianças e adolescentes: análise dos resultados obtidos na avaliação eletrofisiológica e comportamental do processamento auditivo

“…Quanto ao P300, indivíduos com SD podem apresentar latências aumentadas, sugerindo comprometimento das vias auditivas centrais e, consequentemente, do processamento cortical da informação auditiva (Kazan et al, 2016). Souza et al (2017), ao compararem as latências e amplitudes obtidas no P300 em crianças com (GE) e sem queixa de dificuldades de aprendizagem (GC) (entre nove anos e 11 anos e 11 meses de idade), observaram média da latência de 417.2 para o P300 no GE. Essa média mostrou-se significativamente mais elevada que a do GC (310.5).…”

“…Essa alteração também foi observada em estudos com crianças que apresentam distúrbios específicos de linguagem (Shaheen et al 2011), alterações de aprendizagem (Souza et al, 2017) e gagueira (Jerônimo et al, 2019), tendo sido igualmente descrita por Hsu et al (2018) em pessoas idosas.…”

“…A medida de amplitude, por seu turno, tem sido uma questão pouco relatada na literatura devido à alta variabilidade dos dados (Romero et al, 2013;Souza et al, 2017). Porém, sabemos que a amplitude da resposta está ligada à magnitude das sinapses que ocorrem no córtex cerebral (Vaughan; Kurtzberg, 1992 em crianças e adolescentes com AVC, nos instiga a indagar sobre as respostas cerebrais nesses indivíduos, nos induzindo a pensar em novos estudos sobre o aumento na excitação cerebral frente a uma lesão ou trauma, ou se a atenção para realização do teste, gerou um estresse ao cérebro gerando padrões de excitação, ou ainda, se isso ocorre devido a uma reorganização cerebral, que por sua vez afeta regiões cognitivas, podendo resultar em pior desempenho em tarefas que necessitem atenção.…”

Potenciais evocados auditivos de longa latência em crianças com alterações de leitura e escrita

“…Os PEALL vêm sendo usados como método de avaliação objetiva do sistema nervoso auditivo central em crianças com alterações de leitura e escrita, no entanto existem poucos estudos que avaliaram tanto os componentes exógenos como os endógenos na mesma população (Purdy et al, 2002;Regaçone et al, 2014;Mırıcı et al, 2018;Cunha et al, 2019). A maioria dos trabalhos foi realizada apenas com o componente P300 (Diniz Júnior et al, 1997;Aquino et al, 2000;Visioli-Melo e Rotta, 2000;Musiek e Lee, 2001;Farias et al, 2004;Soares et al, 2011;Wiemes et al, 2012;Alvarenga et al, 2013;Oliveira et al, 2013;Papagiannopoulou e Lagopoulos, 2017;Souza et al, 2017).…”