Potenciais evocados auditivos por frequência específica em lactentes com audição normal

Abstract

RESUMOObjetivo: determinar os níveis mínimos de resposta (NMR) e a latência da onda V em lactentes ouvintes nas frequências de 0.5, 1, 2 e 4 kHz. Método: foram avaliados 23 lactentes sem indicadores de risco para deficiência auditiva que apresentavam emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente (EOAET) e potenciais evocados auditivos de tronco encefálico automático (PEATE-A) presentes bilateralmente. Resultados: obtiveram-se NMR médios de 34.2 dBnNA, 25.4 dBnNA, 19 dBnNA e 17.5 dBnNA para as frequências de 0.5, 1, 2 e 4 kHz, respectivamente. Os tempos médios de latência da onda V em 70 e 20 dBnNA, respectivamente, na frequência de 0.5 kHz foram de 10.75 ms e 15.2 ms, em 1 kHz de 8.9 ms e 13.4 ms; de 7.7 ms e 10.2 ms em 2 kHz, e para 4 kHz foram de 7.3 ms e 9.4 ms. Conclusão: os valores encontrados podem ser utilizados na prática clínica para orientar o diagnóstico diferencial da perda auditiva, complementando a avaliação auditiva de lactentes. da comunicação e, portanto, há a necessidade de determinação dos limiares auditivos nas freqüên-cias da fala. Em neonatos e lactentes, esses limiares podem apenas ser estimados, uma vez que não é possível sua determinação pela audiometria comportamental de maneira fidedigna 1 . Nesse contexto, os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE) são uma ferramenta importante no diagnóstico precoce da perda auditiva. Os PEATE eliciados por estímulos de curta duração, como toneburst, estimulam regiões limitadas da cóclea, originando respostas específicas em frequência. Portanto, possibilitam a estimativa dos limiares auditivos nas diversas frequências e orientam o processo de habilitação auditiva 1 . A determinação do Nível Mínimo de Resposta (NMR) nos PEATE por frequência específica (PEATE-FE) é realizada pelo registro da onda V e de sua reprodutibilidade, uma vez que esta onda pode ser identificada mesmo em intensidades fracas. Entretanto, muitos autores ressaltam a dificuldade de identificação da onda V nas frequências mais baixas, em decorrência da menor sincronia neural e de uma maior contaminação pelo ruído 2 . Sabendo-se que a latência da onda V varia com a intensidade e a frequência apresentada, conhecer a latência na qual esta resposta deve ser observada DESCRITORES: INTRODUÇÃOO diagnóstico audiológico na população pediátrica objetiva, principalmente, o desenvolvimento

Potencial evocado auditivo de tronco encefálico por frequência específica por via aérea e via óssea em neonatos ouvintes normais

“…This finding corroborate several studies 14,[16][17][18][19][20] , in which the mean MRL were different from the present study by less than 10 dB. A meta-analysis and a study conducted in 2007 both showed lower MRL -19.6 and 18.4 dBnHL, respectively 11,21 .…”

“…Air conduction Regarding the function latency X intensity, a latency increase was observed with the decrease of the intensity level used to trigger the response, as well as a latency decrease with the increase of the frequency assessed, as suggested in the literature 18,20,31 . In the present study, the function latency X intensity in the frequencies of 500 and 1000 Hz did not behave as shown in literature 18,20,31 , since these frequencies were very similar at the intensities of 80 and 60 dBnHL.…”

“…In literatures, the MRL varied in this frequency. Some studies 10,19,21 have observed MRL lower than 20 dBnHL while others have found MRL between 25 and 35 dBnHL for this frequency 20,23 . In the present research, the minimum intensity considered was 20 dBnHL.…”

“…Some studies have found MRL below 20 dBnHL 10,14,[19][20][21] . A Brazilian study from 2009 found a mean MRL of 32.5 dBnHL in the right ear, and 32.2 dBnHL in the left ear.…”

“…SD -standard deviation; IL -inferior limit; LS -superior limit; -----not conducted . The MRL of 500 Hz are always higher when compared to the other frequencies; however, it is known that the morphology of wave V for this frequency is not as well defined, besides being more influenced by noise, which can cause interference in the visualization of responses at lower intensities 20,22 . In the frequency of 1000 Hz, only one ear presented responses at 30 dBnHL; there were responses in the other 11 ears (91.66%) at 20 dBnHL.…”