A agroecologia pode ser considerada como ciência, prática e movimento social, que historicamente preza por caminhos mais sustentáveis, igualitários e justos do cultivo, manejo do solo e escoamento da produção alimentar. Assim, a agricultura familiar do semiárido nordestino se coaduna com os pressupostos da agroecologia, justamente pelo fato dos agricultores familiares e camponeses contribuírem diretamente para a perpetuação dos saberes agroecológicos. No semiárido, território de lutas e resiliência, essa relação é ainda mais evidente, pelo fato da agroecologia representar a sustentabilidade da produção de inúmeras famílias. Desta forma, este artigo visa verificar o papel da agroecologia como estratégia voltada para a promoção da sustentabilidade do semiárido especificamente, na agricultura familiar. Para isso, foram analisados de forma qualitativa, artigos selecionados dos últimos 05 (cinco) anos, por meio das plataformas da Scielo e periódicos CAPES que versassem sobre a importância da agroecologia para o semiárido. Conclui-se, nesta revisão bibliográfica, que diversas são as possibilidades e contribuições da agroecologia para o semiárido e percebe-se também que as estratégias agroecológicas estimulam os processos de organização e participação social em todas as suas práticas, pois percebe-se o ambiente como um organismo não estático, sistêmico e repleto de interações, sendo a base para a reconstrução social em modelos mais sustentáveis.