Uma primeira versão do presente texto foi apresentada no encontro da ANPEC de 2005, em Natal-RN. Naquela versão, nos ativemos às questões metodológicas. Aqui, aprofundamos aquelas discussões em alguns pontos, em particular na apresentação da concepção dialética das significações -para o que nos apoiamos em Fausto (1987Fausto ( e 1988 e suas implicações para a leitura da concepção marxiana da História. Além da discussão metodológica, acrescentamos uma discussão sobre o desenvolvimento do capitalismo enquanto um sistema mundial e sobre o lugar da colonização nesse processo, para embasar a crítica ao uso das categorias modo de produção e formação econômico-social na interpretação de nosso período colonial. Este artigo foi desenvolvido a partir das discussões suscitadas na disciplina "Formação Econômica e Social do Brasil: Modelos Interpretativos", ministrada no Instituto de Pesquisas Econômicas da USP pelo professor Nelson Nozoe no primeiro semestre de 2003, disciplina esta que foi concebida no bojo do N.E.H.D (Núcleo de Estudos em História Demográfica da FEA/USP). Agradeço aos demais colegas do curso pelas excelentes e instigantes discussões e aos professores Nelson Nozoe, José Flávio Motta e Iraci Costa, com os quais tive a oportunidade de discutir uma versão preliminar deste texto. Agradeço também as sugestões e críticas de um parecerista anônimo desta revista. Os erros e imprecisões que aqui permanecerem são de minha responsabilidade.