Por uma educação antropológica: comparando as idéias de Bronislaw Malinowski e Paulo Freire

Abstract

O presente trabalho analisa as idéias de Malinowski e Paulo Freire, propondo algumas proximidades entre a antropologia e a pedagogia. Dentre as possibilidades resultantes de tal encontro, uma certamente merece destaque: a recomendação de que antropólogos e professores respeitem sempre o "saber-fazer" comunitário e previamente adquirido por seus respectivos outros, alunos ou "nativos", enquanto um verdadeiro ponto de partida para a construção da ciência. Desta maneira, pode-se pensar que em ambas as disciplinas o conhecimento caminha junto a um respeito pela alteridade, lição esta que elas devem partilhar não somente com outras áreas do saber, mas especialmente com a comunidade mais ampla.

Ensinar E Aprender Com “Professores-Educandos”: O Pibid De Ciências Sociais Da Ufrn Em Destaque

“…Exemplos de outras políticas estimuladas pelo governo são: FIES, PROUNI, ENEM/SISU, PRONATEC, Ciências sem fronteiras, entre outros. Boaventura de Sousa Santos (2002;2006;2008), Edgar Morin (2000, Vandana Shiva (2003), Gayatri Spivak (2010.Já do ponto de vista do conhecimento prático, nosso relato se sustenta nas vivências institucionais docentesque foram recobradas pelo pensamento e respaldadas nos registros etnográficos das escolas fundamentados, sobretudo, nas reflexões de Cláudia Fonseca (1999), Maurício de Souza (2006), Amurabi Oliveira (2013)e da disciplina de sociologia, nas atas de reuniões do PIBID/CS, nos relatórios semestrais (2014)(2015)(2016) A Escola Estadual Professor Anísio Teixeira, fundada em 1974 e localizada no bairro comercial de Petrópolis, se caracteriza por ser conhecida por seu ensino compromissado e por sua localização na cidade, em frente à "Praça Cívica de Natal". É uma instituição de grande porte que funciona nos três turnos do Ensino Médio, abrigando algo em torno de 1600 alunos de todas as zonas da cidade e uma equipe escolar de 97 trabalhadores, além de uma razoável estrutura física, com prédio conservado, salas de aulas, refeitório, biblioteca e outros mais equipamentos.…”

Cultura, educação e alteridade numa perspectiva antropológica

“…No entanto, Gusmão (1997), assim como outros autores que discutem a abordagem entre as duas disciplinas (Dauster, 1997;Souza, 2006;Santos e Seixas, s/d;Brandão, 2002Brandão, e 2009) nos alerta também sobre as prováveis armadilhas presentes na interface desses dois campos teóricos, em que a cultura pode ser "entendida como técnica social de manipulação da consciência, da vontade e da ação dos indivíduos, com a fi nalidade de modelar as personalidades humanas dos membros do grupo social" (Gusmão, 1997, p. 7).…”

“…Caso contrário, não será possível entender o papel emancipador da educação nas sociedades atuais, caracterizadas como pluriculturais e complexas. Gusmão (1997), assim como outros autores que discutem a educação a partir da relação entre as duas disciplinas, Educação e Antropologia (Dauster, 1997;Souza, 2006;Brandão, 2002Brandão, e 2009Tosta, 2009; Santos e Seixas, s/d), nos alerta sobre as armadilhas presentes na interface e no diálogo entre esses dois campos teóricos, em que a cultura pode ser "entendida como técnica social de manipulação da consciência, da vontade e da ação dos indivíduos, com a fi nalidade de modelar as personalidades humanas dos membros do grupo social" (Gusmão, 1997, p. 7), ou seja, a cultura como instrumento e não como valor em si.…”

Conhecimento e valorização das culturas indígenas na Educação Básica a partir da pesquisa-ação no ensino de História: uma experiência do PIBID interdisciplinar

“…Aryon Rodrigues (2006) estimava que o território que hoje compreende o Brasil possuía 1200 línguas, o que significa dizer que havia 1200 povos entrelaçados, e em contínuas relações sociais e com a natureza. A destruição destes povos, devido a diversos fatores como doenças infecciosas trazidas pelos europeus, batalhas, escravização e eliminação do status étnico, afetou profundamente a construção da sociedade brasileira, cujas marcas até hoje interferem no modo como os brasileiros não indígenas se relacionam com as culturas autóctones e seus membros (CUNHA, 2008;SUCHANEK, 2012).…”