2020
DOI: 10.23925/1982-6672.2020v13i38p94-108
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Por uma arte revolucionária independente

Abstract: As manifestações culturais marginais do século XX foram capturadas e transformadas em mercadoria. A aceleração do tempo de giro do consumo e a superação das barreiras espaciais fizeram com que a produção de imagens e sistemas de signos se tornasse a “mercadoria” ideal para a acumulação do capital, seja ela conformista ou “subversiva”. Na atual conjuntura, qualquer “novidade” já surge obsoleta, como resultado de uma corrida frenética e infrutífera contra um mercado inelutável que transforma tudo em mercadoria. … Show more

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“…No caso do Brasil e da América latina, o engajamento consciente produziu obras vinculadas à luta pela emancipação social, com forte carga emocional, inovação formal, com limitação técnica e, certamente, problemáticas por apostarem na arte como sendo em si mesma ação revolucionária (MESTMAN, 2007;NAPOLITANO, 2001;VÁSQUEZ, 2013). Sobre a política na arte, parece-nos que este perpassa todas as obras de arte independente da consciência de seus produtores, ao longo da revolução russa, Trotski (2009) contrapôs-se ao movimento de criação de uma arte pretensamente proletária, percebendo que mesmo artistas conservadores, vinculados à velha ordem sofreram impactos da revolução e absorveriam ao longo de suas vidas as inovações e conteúdo da luta emancipatória, logo os artistas deveriam ser plenamente livres para a escolha do percurso de sua criação, o revolucionário defendeu também, junto a Breton, a autonomia da produção artística em relação às determinações políticas externas aos artistas (BRETON;TROTSKY, 1985). Não obstante, poderíamos analisar aspectos da realidade política e social importantes em obras de autores como Goethe, Balzac e Tolstói, ou mesmo no cinema de Grifith, na medida em que trazem conteúdos de verdade das relações sociais que retratam em seu conteúdo ou ainda das mudanças sócio-políticas das relações de produção que afetariam suas obras nos aspectos de suas inovações formais e puramente estilísticas (ADORNO, 2004).…”
Section: Arte Sociedade E Políticaunclassified
“…No caso do Brasil e da América latina, o engajamento consciente produziu obras vinculadas à luta pela emancipação social, com forte carga emocional, inovação formal, com limitação técnica e, certamente, problemáticas por apostarem na arte como sendo em si mesma ação revolucionária (MESTMAN, 2007;NAPOLITANO, 2001;VÁSQUEZ, 2013). Sobre a política na arte, parece-nos que este perpassa todas as obras de arte independente da consciência de seus produtores, ao longo da revolução russa, Trotski (2009) contrapôs-se ao movimento de criação de uma arte pretensamente proletária, percebendo que mesmo artistas conservadores, vinculados à velha ordem sofreram impactos da revolução e absorveriam ao longo de suas vidas as inovações e conteúdo da luta emancipatória, logo os artistas deveriam ser plenamente livres para a escolha do percurso de sua criação, o revolucionário defendeu também, junto a Breton, a autonomia da produção artística em relação às determinações políticas externas aos artistas (BRETON;TROTSKY, 1985). Não obstante, poderíamos analisar aspectos da realidade política e social importantes em obras de autores como Goethe, Balzac e Tolstói, ou mesmo no cinema de Grifith, na medida em que trazem conteúdos de verdade das relações sociais que retratam em seu conteúdo ou ainda das mudanças sócio-políticas das relações de produção que afetariam suas obras nos aspectos de suas inovações formais e puramente estilísticas (ADORNO, 2004).…”
Section: Arte Sociedade E Políticaunclassified