Resumo O desafio de se empreender nos moldes da economia circular (EC) encontra-se em um estágio inicial de debate, em que há poucas evidências de como tais oportunidades são desenvolvidas. Considerando que esse processo envolve mudanças dos níveis microempresarial e macrogovernamental, este artigo analisa, por meio de uma revisão sistemática de literatura, como se caracteriza o atual cenário, com base na correlação dos aspectos quantitativos das publicações, nas atividades econômicas envolvidas e nas soluções encontradas pelos empreendimentos por intermédio dos ciclos de materiais e modelos de negócio. Como evidências, percebe-se que os empreendedores se defrontam com um cenário complexo, uma vez que, apesar da presença majoritária de modelos de negócio corresponderem a fechamentos de loops, demonstrando esforços para uma mudança de lógica estrutural, ocorre também a necessidade da conscientização de pertencimento por parte dos stakeholders, uma vez que o impacto se dá em rede, assim como a pressão por novos formatos de financiamento. Verifica-se também a dependência de uma dinâmica macro, em que as políticas de governo mostram-se como possíveis influência para a concentração de artigos em solo europeu. A presença majoritária da indústria de transformação nos resultados pode estar relacionada com o âmbito projetivo da EC, porém, a maior frequência do ciclo técnico pode ser um indicativo da popularização de suas técnicas e ferramentas em relação ao ciclo biológico. Como contribuição, expandiu-se a literatura sobre EC, que apresenta uma perspectiva em que a noção do amplo cenário e das microiniciativas se integra para o conhecimento do caminho para nela empreender.