Considerações sobre o parecer:A ideia do artigo é mostrar que, sendo IOT um aprofundamento do desenvolvimento das TIC, há a possibilidade de uma nova corrida tecnológica, similar àquelas decorrente do surgimento de um novo paradigma tecnológico. A última corrida tecnológica que o Brasil tentou participar foi o da informática. A IOT se assume aqui não chega a ser um novo paradigma, uma vez que, continua baseada nos princípios da informática/internet. Entretanto, abre novas oportunidades e consequentemente, possibilidades de apropriabilidade e cumulatividade. A primeira seção discute os efeitos do desenvolvimento de padrões tecnológicos abertos versus padrões proprietários (ou fechados) com o objetivo de mostrar, com base nos casos, que na corrida de IOT os padrões ainda não estão totalmente fechados, abrindo possibilidades de desenvolvimento de soluções simples, abertas e alternativas. Por outro lado, o terceiro caso mostra que em certas atividades os padrões já estão estabelecidos e não há possibilidade de entrar na corrida tecnológica. Desse modo, ainda haveria espaço para se estabelecer política industrial no sentido da liderança do Estado em direcionar e priorizar ações de desenvolvimento tecnológico baseado em IOT. A política industrial na perspectiva de desenvolvimento poderia optar por privilegiar a abertura o que implicaria ampla inclusividade de desenvolvedores e novas atividades (startups). Mas isso depende dos interesses dos executores da política. Em outro artigo também apresentado no III ENEI se discute especificamente política industrial para IOT com base nas experiências da Política de Informática. Nele há ampla crítica ao trabalho feito pelo BNDES, indicado pelo parecerista. Consideramos inadequado fazer auto referência cruzada a este texto, nesse momento.