Podcast Como Estratégia De Aprendizagem No Ensino Superior

Abstract

As metodologias ativas de aprendizagem consistem em alternativas para o ensino tradicional. Tais métodos de ensino visam tornar os alunos sujeitos ativos no processo de aprendizagem, visando uma práxis pedagógica capaz desenvolver diferentes competências no ambiente de ensino. Com o advento da internet houveram mudanças significativas nos meios de comunicação, reiterando a importância de um processo educacional que englobe as mídias digitais. Uma das ferramentas de comunicação que tem se tornado cada vez mais popular é o podcast, uma mídia digital similar aos programas de rádio. Este artigo tem como objetivo apresentar a utilização de podcasts como uma ferramenta de metodologia ativa aplicada ao ensino superior. O estudo descritivo abrange um relato de experiência, realizado em uma instituição privada de ensino superior, localizada em São João del-Rei, MG. Os podcasts foram elaborados por discentes que foram divididos em grupos e, após uma etapa preliminar referente ao planejamento, utilizaram o aplicativo Anchor em smartphones para realizar as gravações. Após a gravação dos podcasts, os alunos realizaram um feedback sobre a experiência deles com a utilização dessa ferramenta no processo de aprendizagem. Os resultados sugerem que o desenvolvimento colaborativo de podcasts permite que os discentes compartilhem conceitos do conteúdo disciplinar de uma maneira que estimula tanto a aprendizagem individual quanto a coletiva. Além disso, competências como o trabalho em equipe e a autonomia no ensino também são destacadas nesse método. A utilização de podcasts como uma metodologia ativa que se mostrou efetiva e colaborou para implantação de um aprendizado ativo e adaptado às novas ferramentas digitais.

Educação para a saúde no contexto online: relato de experiência

“…A maioria (74,1%) afirmou que recomendaria a gravação de podcasts como atividade de ensino para outros discentes, 3,7% talvez recomendaria e 22,2% não recomendaria. A autonomia discente, estimulada durante a formação dos grupos, a escolha do referencial bibliográfico, como elaborar o roteiro, escolha dos papéis de cada integrante nos episódios, a dedicação em produzir um conteúdo informativo, buscando diferentes referências, o maior engajamento, contribuem para o aprendizado ativo, auto-orientação e desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe (Pereira & Santos Neto, 2020).…”

“…As metodologias ativas de aprendizagem consistem em alternativas para o ensino tradicional. Tais métodos de ensino visam tornar os discentes sujeitos ativos no processo de aprendizagem, de modo a promover uma práxis pedagógica capaz de desenvolver diferentes competências no ambiente de ensino (Pereira & Santos Neto, 2020).…”

“…Vale salientar que aprendizagem ativa ocorre quando o discente atua como protagonista em atividades interativas com outros discentes, aprendendo de maneira colaborativa. Nesse sentido, os trabalhos educativos com uso de podcast são geralmente realizados em grupos, momentos nos quais a aprendizagem colaborativa se sobrepõe à individualizada (Bottentuit & Coutinho, 2007;Pereira & Santos Neto, 2020). Devido a facilidade na comunicação, o acesso a informações em tempo hábil e a interação dinâmica e colaborativa que essa ferramenta possibilita no processo ensino-aprendizagem, o podcast permite que os discentes, por meio da troca entre pares e com os docentes, possam construir coletivamente conhecimentos sobre interesses em comum (Oliveira & Martins, 2020).…”

Metodologias ativas aplicadas a Administração e áreas afins: revisão das publicações nacionais e internacionais

“…As metodologias ativas apresentam-se como um incentivo para a participação ativa dos alunos, pois contribuem para o trabalho em equipe, o aprimoramento do relacionamento interpessoal e da participação cooperativa (BORDENAVE;PEREIRA, 1991). Como ferramenta para aumentar as habilidades dos estudantes, ainda promovem a reflexão crítica, o diálogo construtivo, a vontade de cooperar e aprender, a partir da realidade que está sendo vivenciada (VERGARA MARÍN, 2012).…”