A menstruação é um processo fisiológico que afeta cerca de 52% das mulheres em idade reprodutiva. A saúde menstrual, incluindo o manejo adequado da higiene, é negligenciada em muitas comunidades e por órgãos públicos. O gerenciamento inadequado da higiene menstrual pode levar a problemas de saúde como infecções do trato reprodutivo feminino, além de impactos sociais. Pesquisas são necessárias para compreender melhor esses fenômenos e aumentar a conscientização sobre o tema. Este estudo busca analisar a literatura brasileira sobre higiene menstrual e suas implicações na saúde de mulheres. Uma revisão integrativa foi realizada nas bases de dados PUBMED e Google Scholar. Os seguintes descritores foram empregados: “Higiene”, “Menstruação”, “Impactos na Saúde”; “Pobreza” e “Brasil”. Foram incluídos 11 trabalhos originais, publicados entre 2018 e abril de 2023. Os estudos analisados envolveram populações de diferentes regiões brasileiras. Preocupações relacionadas à falta de acesso a produtos de higiene menstrual, conscientização sobre saúde menstrual e serviços sanitários foram encontradas em cinco trabalhos. Outras cinco pesquisas destacaram a importância da dignidade menstrual como um aspecto fundamental do direito à saúde das mulheres em situação de vulnerabilidade. E um trabalho relatou o avanço significativo na higiene menstrual por meio da introdução dos coletores menstruais. Em conclusão, a pesquisa revelou desafios enfrentados pela população feminina brasileira, como a escassez de produtos menstruais adequados, a falta de conscientização sobre higiene menstrual, além de instalações sanitárias inadequadas. Esses achados destacam a necessidade de intervenções públicas adequadas para melhorar essa questão no Brasil.