Objetivo: Descrever dois casos de pneumomediastino espontâneo na mesma unidade de serviço, em pacientes jovens de sexo diferentes e que apresentaram boa evolução com tratamento conservador. Métodos: O primeiro caso é de um paciente do sexo masculino, 18 anos, com queixa de cervicalgia à direita e disfonia há 2 dias. Negou traumatismos ou ingesta de corpos estranhos, esforços físicos intensos, acessos de tosse e vômitos ou uso de drogas. TC de tórax e pescoço revelou presença de enfisema subcutâneo cervical anterior bilateral, presença de pneumomediastino e ausência de pneumotórax. O segundo caso a ser analisado trata-se de uma paciente do sexo feminino, 16 anos, com queixa de dispneia súbita e mudança do padrão de voz (nasalada). Identificou-se crepitação fina à palpação cervical sugestiva de enfisema subcutâneo. Negou qualquer causa provável de pneumomedisatino secundário. TC de tórax e pescoço revelou pneumomediastino acentuado com extensão para os espaços cervicais profundos. Resultado: Ambos os casos partilham de sinais e sintomas previamente descritos na literatura e tiveram seus diagnósticos obtidos por meio de tomografia computadorizada de tórax. O tratamento sintomático associado a repouso foi eficaz em ambas situações. Conclusões: Pneumomediastino espontâneo pode ser subdiagnosticado devido aos seus sinais e sintomas inespecíficos, contribuindo para seu caráter raro. É importante estabelecer-se os diagnósticos diferenciais e eventos a que os pacientes estiveram expostos. Uma anamnese detalhada acompanhada de aparatos radiológicos permitem o diagnóstico preciso e tratamento correto.