Plataforma interativa e integradora para gestão do risco de inundação costeira

Abstract

ResumoA necessidade de prever eventos extremos e de antecipar os seus impactos tem motivado o desenvolvimento de sistemas de previsão em tempo real. A operação destes sistemas é, no entanto, exigente, quer no estabelecimento de novos casos, quer na sua manutenção com fiabilidade e robustez, limitando a sua adoção generalizada para a totalidade das zonas costeiras. Para ultrapassar esta lacuna, o LNEC e o LIP desenvolveram uma plataforma para estabelecer, de forma interativa, um sistema de previsão em tempo real da circulação de um trecho costeiro à escolha do utilizador. Esta aplicação, designada OPENCoastS.pt, permitirá apoiar a gestão da zona costeira, antecipar eventos de perigo e planear a resposta de emergência. A aplicação é baseada no WIFF -Water Information Forecast Framework, o sistema de previsão em tempo real do LNEC, aplicável desde o oceano até à bacia hidrográfica. Apresenta-se aqui a conceção deste serviço para a circulação na costa Portuguesa e ilustra-se a sua versatilidade num caso de estudo. IntroduçãoOs sistemas de previsão em tempo real (SPTR) têm vindo a ser desenvolvidos há mais de 2 décadas para os sistemas aquáticos naturais, com prevalência para a previsão das inundações de origem fluvial (Moore et al., 1990) e para a circulação e agitação marítima nas zonas costeiras (Baptista, 2006;Rusu et al., 2009;Anselmi-Molina et al., 2012), estando hoje em operação num vasto número de entidades gestoras.Tipicamente o desenvolvimento de um sistema de previsão parte do conhecimento aprofundado da dinâmica do meio natural de interesse, materializado no estabelecimento de um modelo numérico de eleição, devidamente calibrado e validado. O sistema de previsão é depois construído tendo como base a implementação local do modelo, particularizado para as condições de forçamento disponíveis para o domínio de estudo e customizado para o estabelecimento de serviços de resposta às necessidades das entidades que gerem o meio natural em causa. Esta abordagem permite obter um primeiro sistema operacional que cumpre na totalidade os requisitos imediatos dos utilizadores, mas que não permite a sua atualização de forma ágil nem a sua generalização a outros sistemas. É exemplo desta abordagem o sistema de previsão em tempo real do LNEC, WIFF -Water Information Forecast Framework, suportado pelo sistema de modelação SCHISM (Zhang et al., 2016) e aplicável à previsão da circulação devida a marés, ondas, sobre-elevação meteorológica e caudal fluvial, da agitação marítima assim como da qualidade da água microbiológica (na cidade e nos meios recetores) e de derrames de hidrocarbonetos , Fortunato et al., 2017a, David et al., 2013. Este sistema apresenta uma abordagem e conceptualização genérica, mas cada implementação a um sistema é customizada através da implementação de software adaptado ao meio em estudo.

Modelagem Da Precipitação Pluviométrica No Município De Vitória De Santo Antão- Pe

“…O conhecimento da distribuição e das variações da chuva, tanto temporal quanto espacial, é fundamental para o planejamento e manejo dos recursos hídricos, bem como para projetos de obras hidráulicas (ABREU; TONELLO, 2017), sendo possível realizar a previsão das chuvas intensas por meio de princípios de probabilidade (CARDOSO; ULLMANN; BERTOL, 1998). Oliveira et al (2018), afirmam ser imprescindível prever de forma quantitativa os eventos de chuvas atípicas, com destaque as tempestades e inundações, antevendo seus impactos negativos.…”

Avaliação Da Qualidade Da Água De Abastecimento Público Na Cidade De Itabuna-Bahia Durante a Crise Hídrica De 2015 E 2016

“…O conhecimento da distribuição e das variações da chuva, tanto temporal quanto espacial, é fundamental para o planejamento e manejo dos recursos hídricos, bem como para projetos de obras hidráulicas (ABREU; TONELLO, 2017), sendo possível realizar a previsão das chuvas intensas por meio de princípios de probabilidade (CARDOSO; ULLMANN; BERTOL, 1998). Oliveira et al (2018), afirmam ser imprescindível prever de forma quantitativa os eventos de chuvas atípicas, com destaque as tempestades e inundações, antevendo seus impactos negativos.…”