Pigmented lesions of the oral mucosa: epidemiological survey of 172 cases with focus on differential diagnosis

Abstract

O objetivo da pesquisa é realizar um estudo retrospectivo de lesões pigmentadas na mucosa bucal e discutir aspectos importantes de seu diagnóstico e tratamento diferenciado na prática odontológica. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo de lesões pigmentadas na cavidade oral que foram registradas e diagnosticadas na clínica de Estomatologia e laboratório de Patologia Oral por um período de 28 anos. Resultados: Ocorreram 172 casos de lesões pigmentadas em um total de 13.743 registros, correspondendo a uma prevalência de 1,25% neste serviço. O sexo feminino foi responsável por 61,6% dos casos. A faixa etária mais afetada foi de 31 a 40 anos (23,8%). A localização anatômica mais comum envolvida foi a mucosa da bochecha (20,19%), seguida pelo lábio inferior (19,2%) e crista alveolar (15,2%). Tatuagem de amálgama e mácula melanótica (33,1%) foram as lesões pigmentadas mais comuns, seguidas por nevo melanocítico (21,6%). A falta de algumas informações nos formulários de solicitação de biópsia foi a principal limitação do estudo. Conclusão: Lesões orais pigmentadas eram incomuns no serviço analisado, provavelmente porque nem todas foram encaminhadas para análise histopatológica. No entanto, um diagnóstico correto é importante para que os pacientes recebam tratamento adequado.

Lesão Pigmentada Em Mucosa Intraoral-Hipóteses Diagnósticas E Condutas: Relato De Caso

“…O tamanho, a idade e o grau de extensão da lesão diminui drasticamente a taxa de sobrevida do paciente, o quanto antes for realizado o diagnóstico do MO melhor será seu prognóstico (COELHO et al, 2020). O tratamento do MO envolve a excisão cirúrgica radical com margens livres, radioterapia e quimioterapia de cabeça e pescoço, com finalidade de diminuir as chances de uma recidiva (VASCONCELOS et al, 2014;RIBEIRO et al, 2022;COELHO et al, 2020) A mácula melanótica também conhecida como melanose focal (ALBUQUERQUE, 2020) segundo estudos, é a segunda lesão mais encontrada na cavidade oral (DHANUTHAI et al, 2022;ALBUQUERQUE et al 2021;SEVERO et al, 2020) e apresenta uma leve predileção pelo gênero feminino (ALBUQUERQUE, 2020)..Trata-se de uma lesão resultante do aumento na produção e deposição de melanina (ALBUQUERQUE, 2020REIS, 2018(VASCONCELOS et al, 2014;SREEJA et al, 2015) manifestando-se clinicamente como mácula oval ou redonda, isolada, circunscritas, pequena, apresentando-se com cor uniforme que pode variar do amarelo-acastanhado (DHANUTHAI, K. et al, 2022;SANTOS et al, 2021;ALBUQUERQUE et al, 2021;SREEJA et al, 2015).…”

“…O nevo melanocítico é uma lesão benigna e rara, podendo ser classificado como congênito ou adquirido, sendo o último mais frequente (ALBUQUERQUE, 2020;VASCONCELOS et al, 2014;SEVERO et al, 2020;NATARAHAN, 2019). Se apresenta em estágio juncional, composto ou intramucoso (DHANUTHAI, K. et al, 2022;VASCONCELOS et al, 2014), possuindo maior prevalência no sexo feminino (SANTOS et al, 2021;VASCONCELOS et al, 2014).…”

“…As lesões pigmentadas orais (LPO's) podem ter manifestações clínicas semelhantes entre si, exigindo assim com que o cirurgião dentista esteja apto para distinguir e realizar um diagnóstico diferencial e preciso (SEVERO et al, 2020;DHANUTHAI, K. et al, 2022). As LPO's ainda costumam ser negligenciadas, pois muitos profissionais ainda possuem dúvidas quanto a necessidade em realizar a biópsia (ALMEIDA, SOUSA, 2021).…”