Physiological variables related to photosynthesis are more plastic than the morphological and biochemistry in non-pioneer tropical trees under contrasting irradiance

A plasticidade fenotípica como indicador de arbóreas não pioneiras mais tolerantes à elevada irradiância

“…Das variáveis de crescimento, AFE mostrou maior relação com o nível de resistência das duas espécies. Enquanto em P. peroba a AFE variou 125% entre sol e sombra, em C. legalis esse valor foi de apenas 20%, confirmando que as espécies mais resistentes à elevada luminosidade apresentam baixa variação da AFE nessa condição (Mengarda et al, 2009;Portela, 2012;Gaburro et al, 2014). Diferente das informações anteriores de que as espécies não pioneiras são menos plásticas e, por isso, menos resistentes a luz solar direta (Walter, 2005;Valladares & Niinemets, 2008), as plantas de P. peroba e C. legalis avaliadas no presente estudo apresentaram 100% de sobrevivência a pleno sol (dados não apresentados), com capacidade de ajustes morfológicos interespecíficos (Tabela 1).…”

“…Lam. (Sapotaceae), menos resistentes a pleno sol (Gaburro et al, 2014). Nesse sentido, a maior resistência de C. legalis a pleno sol parece ter relação com a maior TAL nessa condição e, consequentemente, com a sua maior plasticidade.…”

“…Nesse sentido, a maior resistência de C. legalis a pleno sol parece ter relação com a maior TAL nessa condição e, consequentemente, com a sua maior plasticidade. Curiosamente, a plasticidade da TAL de C. legalis nesse estudo (0,63) foi idêntica ao encontrado em C. odorata (Gaburro et al, 2014). Tais resultados sugerem que espécies não pioneiras mais resistentes à elevada luminosidade apresentam índice de plasticidade da TAL acima de 0,6.…”

“…Quanto à alocação de biomassa, embora a exposição a pleno sol tenha estimulado a maior alocação de biomassa caulinar (RMC) e radicular (RMR) e menor alocação de biomassa foliar (RMF) nas duas espécies, a intensidade da luminosidade não influenciou a plasticidade dessas variáveis, mostrando falta de relação da alocação de biomassa com o nível de resistência. Isto indica uma possível falta de variação na plasticidade da alocação de biomassa também observada em arbóreas juvenis não pioneiras de florestas tropicais do Brasil, sob luminosidade contrastante (Gaburro et al, 2014).…”

“…Há indicações de que tanto espécies pioneiras quanto as não pioneiras têm plasticidade potencial de ajustes às variações da intensidade luminosa, que não está, necessariamente, relacionada ao grupo funcional (Rozendaal et al, 2006;Souza et al, 2009) mas sim às diferenças interespecíficas (Oguchi et al, 2005). Recentemente, Gaburro et al (2014) demonstraram que espécies tropicais não pioneiras possuem plasticidade potencial para se ajustarem às variações intensas da intensidade da luminosidade, com as variáveis relacionadas à fotossíntese, sendo mais plásticas do que as variáveis de crescimento, anatômicas e bioquímicas.…”