Os estudos geológicos, petrográficos e litogeoquímicos realizados na região de Nova Canadá, porção sul do Domínio Carajás, permitiram a individualização de associações TTG a partir do que era considerado Complexo Xingu. São duas variedades de biotita-trondhjemitos, variavelmente deformados, onde as rochas da porção norte são mais enriquecidas em quartzo modal e em Na2O. As rochas da porção sul apresentam muscovita, saussuritização do plagioclásio, textura equigranular média e discreta deformação. São mais enriquecidas em Fe2O3, MgO, TiO2, CaO, Zr, Rb, e têm razão Rb/Sr mais elevada em relação aos trondhjemitos da porção norte; seus conteúdos de (Fe2O3 + MgO + TiO2) também são mais elevados, como reflexo de seu conteúdo médio de biotita maior (> 3,0%). Os trondhjemitos de Nova Canadá mostram afinidade com os TTG arqueanos da série cálcio-alcalina de alto Al2O3, Na2O e baixo K2O. Exibem ainda padrões fracionados de ETR, com variações nos conteúdos de ETRP, além da ausência de anomalias negativas de Eu e Sr, e baixos conteúdos de Y e Yb. Os dois grupos de trondhjemitos distinguidos neste trabalho mostram ainda claras afinidades geoquímicas tanto com as associações trodhjemíticas do Domínio Rio Maria quanto com aquelas da região de Canaã dos Carajás.