“…Entre outros, fatores como a idade, a relação existente entre vítima e agressor, a duração dessa relação, a idade em que se iniciou a relação, o contexto emocional, as circunstâncias em que se verificou a vitimização, os motivos por que tal aconteceu, permitem-nos compreender essa ampla heterogeneidade. Sendo verdade que existe um conjunto de características em certos indivíduos de elevada psicopatia que os tornam hábeis em seduzir, manipular e ludibriar os outros, também é verdade que alguns traços de personalidade potenciam a vulnerabilidade a indivíduos de elevada psicopatia e a tornam mais suscetível a permanecer numa relação abusiva (Pereira et al, 2020). Os psicopatas cometem, com frequência, atitudes reprováveis não necessariamente criminais: exploram as pessoas e deixam-nas carenciadas e maltratadas.…”