Abstract:RESUMO: O trabalho busca explorar os sentidos que uma pedagogia performativa crítica pode adquirir no contexto do ensino de física. Para tanto, parte de uma reflexão a respeito dos movimentos de pensamento que a noção de performance provoca, especialmente nos contextos da educação e da ciência, para então estabelecer alguma delimitação do que sejam metodologias performativas críticas. A seguir, uma série de narrativas de experiências educacionais vividas, no contexto de um curso de licenciatura em física e de … Show more
“…Já o teatro e os jogos teatrais, nos artigos analisados, foram utilizados como forma de expressar conceitos científicos, momentos históricos da Ciência (MOREIRA; NASCIMENTO; SOUZA, 2019), a natureza da Ciência (MEDINA; BRAGA, 2010) ou propostas de formação de professores por meio de performances artísticas (CROCHIK, 2019). Esses trabalhos propunham diversos temas científicos, como a relatividade (OLIVEIRA; GOMES, 2016), práticas de fabricação de produtos naturais (MENDONÇA; LEITE, 2010), lixo (FREITAS, GONCALVES, 2018) ou divulgação científica (SILVEIRA; ATAÍDE; FREIRE, 2009) como tema científico para a elaboração do roteiro das atividades teatrais.…”
A integração entre a Arte e o ensino de Ciências é um tema profícuo na pesquisa da área de Ensino e por isso consideramos importante um mapeamento de suas produções. O objetivo deste trabalho é, então, a elaboração de um panorama dos artigos publicados no Brasil e no exterior entre janeiro de 2000 e março de 2020 sobre a integração entre a Arte e o Ensino de Ciências. Esse panorama foi construído a partir da categorização dos temas de cem artigos Qualis A1 e A2 da área de Ensino e da utilização de uma ferramenta de análise proposta por Turkka, Haataonen e Aksela (2017) para a coleta de dados numéricos. Atrelado à análise desses artigos, fazemos a discussão dos trabalhos dos pesquisadores Edgar Morin, Charles Percy Snow e John Dewey que fundamentam a integração entre a Arte e o ensino de Ciências a partir de perspectivas filosóficas e sociológicas, que podem contribuir para a consolidação desse campo de investigação na área de Ensino. Segundo os dados produzidos em nossos estudos, a integração entre a Ciência e a Arte é mais citada nos artigos da área de Ensino de Física (n = 39). Observam-se poucas menções sobre Música (n = 4), Arte Contemporânea (n = 3) e Fotografia (n = 1) nos artigos analisados, sendo que as Artes Plásticas (n = 36) são majoritariamente abordadas. Além disso, há um equilíbrio entre as produções nacionais (n = 49) e internacionais (n = 51) sobre o tema. Contudo, a partir dos dados coletados, algumas questões de investigação foram apontadas, como, por exemplo, a carência por estudos que proponham atividades que integrem, ao mesmo tempo, conhecimentos artísticos e científicos.
“…Já o teatro e os jogos teatrais, nos artigos analisados, foram utilizados como forma de expressar conceitos científicos, momentos históricos da Ciência (MOREIRA; NASCIMENTO; SOUZA, 2019), a natureza da Ciência (MEDINA; BRAGA, 2010) ou propostas de formação de professores por meio de performances artísticas (CROCHIK, 2019). Esses trabalhos propunham diversos temas científicos, como a relatividade (OLIVEIRA; GOMES, 2016), práticas de fabricação de produtos naturais (MENDONÇA; LEITE, 2010), lixo (FREITAS, GONCALVES, 2018) ou divulgação científica (SILVEIRA; ATAÍDE; FREIRE, 2009) como tema científico para a elaboração do roteiro das atividades teatrais.…”
A integração entre a Arte e o ensino de Ciências é um tema profícuo na pesquisa da área de Ensino e por isso consideramos importante um mapeamento de suas produções. O objetivo deste trabalho é, então, a elaboração de um panorama dos artigos publicados no Brasil e no exterior entre janeiro de 2000 e março de 2020 sobre a integração entre a Arte e o Ensino de Ciências. Esse panorama foi construído a partir da categorização dos temas de cem artigos Qualis A1 e A2 da área de Ensino e da utilização de uma ferramenta de análise proposta por Turkka, Haataonen e Aksela (2017) para a coleta de dados numéricos. Atrelado à análise desses artigos, fazemos a discussão dos trabalhos dos pesquisadores Edgar Morin, Charles Percy Snow e John Dewey que fundamentam a integração entre a Arte e o ensino de Ciências a partir de perspectivas filosóficas e sociológicas, que podem contribuir para a consolidação desse campo de investigação na área de Ensino. Segundo os dados produzidos em nossos estudos, a integração entre a Ciência e a Arte é mais citada nos artigos da área de Ensino de Física (n = 39). Observam-se poucas menções sobre Música (n = 4), Arte Contemporânea (n = 3) e Fotografia (n = 1) nos artigos analisados, sendo que as Artes Plásticas (n = 36) são majoritariamente abordadas. Além disso, há um equilíbrio entre as produções nacionais (n = 49) e internacionais (n = 51) sobre o tema. Contudo, a partir dos dados coletados, algumas questões de investigação foram apontadas, como, por exemplo, a carência por estudos que proponham atividades que integrem, ao mesmo tempo, conhecimentos artísticos e científicos.
“…A integração entre os conhecimentos científicos e artísticos, a fim de possibilitar uma experiência estética, é discutida na metodologia deste trabalho, na qual relatamos a construção de uma atividade para a formação inicial de professores de Ciências/Química. Nesta formação, a Arte busca apresentar aos licenciandos "novas compreensões a respeito do que seja o aprender" (Crochik, 2019), além de construir "conhecimento a partir de uma trama conceitual e de suas inúmeras e ímpares possibilidades" (Silva & Nardi, 2017). A partir desses pressupostos, a integração entre a Arte e o ensino de Ciências no contexto do ensino superior pode abrir caminhos para a formação de licenciados que entendam a complexidade e a pluralidade dos conhecimentos humanos.…”
As atividades e as práticas humanas, assim como os processos de ensino e aprendizagem, são estruturadas por meio das linguagens e seus signos que podem ser produzidos de diversas maneiras, constituindo um fenômeno de comunicação e construção de sentidos (semiose). Este trabalho investiga as formas pelas quais os licenciandos em Química abordam conceitos, entidades, modelos e fenômenos científicos a partir da expressão artística do desenho. Para isso, analisamos, segundo a semiótica de Charles Sanders Peirce, seis desenhos produzidos por estudantes de licenciatura em Química representando os elementos carbono e mercúrio e suas substâncias. Assim, entendemos o papel dos licenciandos não só como observadores, mas também como criadores de símbolos, ícones e índices. As análises guiadas pelos pontos de vista qualitativo-icônico, singular-indicativo e convencional-simbólico propostos por Santaella (2018) apontaram uma pluralidade de construções de significados, oportunizada pela expressão artística, pela experiência estética e pelo conhecimento científico abordado em cada imagem. A apropriação de símbolos convencionados pela Ciência na identificação do elemento químico representado nem sempre assumiu um papel central na semiose, especialmente quando eram tratadas as propriedades e aplicações das substâncias. Nestes casos, os licenciandos optaram por uma mediação sígnica estruturada por criações próprias, utilizando-se de diferentes formas, cores e proporções.
Este artigo tem como objetivo apontar as potencialidades da extensão universitária na formação inicial dos professores de Matemática. A partir de uma pesquisa bibliográfica, realizada no Banco de teses e Dissertações da CAPES e de uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), realizada nos artigos e nos anais de eventos científicos, serão apontados os desafios e as possibilidades da extensão universitária neste campo formativo. A combinação de elementos das abordagens de pesquisa quantitativa e qualitativa teve como objetivo caracterizar, de forma abrangente e criteriosa, os dados oriundos de diferentes bases de divulgação científica. A abordagem qualitativa, teve o aporte da análise de conteúdo sendo apresentada uma descrição analítica dos conteúdos encontrados nos artefatos de divulgação científica. Os resultados denotam limites e potencialidades para a formação inicial de professores que ensinam matemática. Dos limites, a utilização das ações de extensão universitária distanciada das demandas apresentadas pelo chão da escola e a realização dessas ações de forma eventual o que limita a ação enquanto prática educativa e indissociável. Das potencialidades, a ideia de que a ação de extensão universitária pode se configurar como uma alternativa para o desenvolvimento de uma formação crítica dos professores de matemática se constituindo como um campo de resistência às políticas semiformativas que homogenizam e determinam padrões pragmáticos à formação de professores.
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