Perfil sociodemográfico e de eliminações intestinais em mulheres atendidas em um serviço de saúde

Abstract

Objetivo: Investigar o perfil de eliminações intestinais em mulheres. Método: Estudo transversal, realizado com 41 mulheres atendidas em um centro de saúde da mulher no estado do Piauí no Brasil. Para coleta de dados foi utilizado um formulário contendo os dados sociodemográficos e questionários que avaliaram os dados do padrão de eliminação intestinal com perguntas fundamentadas nos critérios de Roma IV e escala de Bristol. Resultados: Das 41 participantes, 56,1% relataram consumir de uma a duas porções de frutas ou verduras por dia e 51,2% consumiam mais de dois litros de água por dia. Com relação aos padrões de eliminação intestinal, 39% apresentavam fezes na categoria Bristol 3. Quanto aos critérios de Roma IV, 21 (51,2%) mulheres foram consideradas constipadas e a frequência de evacuação teve significância estatística com a presença de constipação. Conclusão: Houve um número expressivo de mulheres com constipação intestinal. Observou-se a necessidade de desenvolver ações que auxiliem no enfrentamento do problema e melhore a qualidade de vida dessa população.

Saúde urinária e intestinal de profissionais de enfermagem em tempos de pandemia da COVID-19: uma reflexão teórica

“…A constipação intestinal não apresenta um fator isolado, possibilitando associações entre alterações sistêmicas ou neurológicas e a utilização de medicamentos e dietas inapropriadas com consumo de fibras diminuído, idade avançada, sexo feminino, baixos nível socioeconômico e escolaridade, distúrbios endocrinometabólicos, ausência de hábitos de exercícios físicos, distúrbios psiquiátricos e causas idiopáticas. Em contrapartida, após investigação rigorosa pode ser verificado como estágio inicial de tumores colorretais (Jaques et al, 2020) A constipação intestinal (CI) atinge em sua maioria os adultos, dentre os quais existe uma maior predominância nos idosos devido às alterações fisiológicas do envelhecimento como mobilidade reduzida, condições de saúde alterada, uso de medicamentos etc. Nas mulheres a CI está relacionada à fatores como gravidez, tipo de parto, alterações hormonais específicas do sexo, e histórias de abuso sexual, físico e emocional.…”

“…O tipos de fezes descritos no instrumento são: tipo 1 (pequenas bolinhas duras, separadas como coquinhosdifícil para ser eliminada), tipo 2 (formato de linguiça encaroçada, com pequenas bolinhas agrupadas), tipo 3 (formato de linguiça com rachaduras na superfície), tipo 4 (alongada com formato de salsicha ou cobra, lisa e macia), cuja literatura aponta como sendo as mais adequadas, tipo 5 (pedaços maiores e separados com bordas bem definidasfáceis de serem eliminadas, tipo 6 (massa pastosa e fofa, com bordas irregulares), e o tipo 7 (totalmente líquidas, sem pedaços sólidos). (Jaques et al, 2020;Martinez e Azevedo, 2012).…”

“…Neste sentido, para a obtenção da saúde intestinal, as orientações são: dieta com grande suporte em fibras; ingestão de líquidos se não houver doença que contraindique o aumento da ingestão hídrica; atividade física regular; fazer uso de um suporte para melhorar a postura corporal no momento da evacuação, estabelecer uma rotina evacuatória sentando-se no vaso sanitário preferencialmente no mesmo horário após as refeições; realização da manobra de Valsalva, que consiste em inspirar profundamente e forçar os músculos do abdômen e diafragma para baixo; além da realização por vinte minutos de massagens abdominais no sentido do cólon da direita para esquerda e de cima para baixo (Jaques et al, 2020;Schmidt et al, 2015 É importante ressaltar que a ingestão de líquidos, incluindo sucos e água, deve ser de pelo menos oito copos/dia, pois a hidratação adequada altera a consistência e o peso das fezes, aumenta o número de reflexos gastrocólicos e contribui para a lubrificação intestinal. Além disso, as fibras alimentares presentes nas frutas e verduras são componentes não digeridos pelas enzimas digestivas do trato gastrintestinal dos seres humanos, dividindo-se em solúveis que colaboram para a maciez das fezes e insolúveis as quais aumentam o volume fecal, estimulando as ondas peristálticas e o esvaziamento do cólon (Sobrado et al, 2018).…”

Perfil sociodemográfico das pessoas com estomia de eliminação em um Serviço de Estomaterapia em um Hospital Universitário no Sul do Brasil

“…O problema pode começar com a alteração do padrão de eliminação intestinal, e, consequentemente, influenciando na qualidade de vida da pessoa. As modificações do trânsito intestinal fisiológico podem começar com episódios de constipação, geralmente, acometendo mais as mulheres, até a eliminação de grandes quantidades de sangue pelo reto, fase em que se pode diagnosticar uma neoplasia dos segmentos do intestino (Jaques et al, 2020).…”