Perfil Epidemiológico Do Transtorno Depressivo No Brasil Em 2021

Abstract

INTRODUÇÃO:Com o advento da pandemia de COVID-19, segundo o estudo Global Burden of Disease de 2020, houve aumento de 27,6% no número de pessoas com Transtorno Depressivo Maior em todo o mundo no referido ano. Dito isso, é importante destacar como papel da equipe de Saúde da Família o dever de abordar os pacientes de forma holística, incluindo a esfera da saúde mental, segundo o Princípio da Integralidade da Atenção, com o objetivo de fornecer o contato e o acolhimento do indivíduo em sofrimento psíquico. Dessa forma, o combate à depressão tem se configurado como um desafio à saúde pública no contexto da pandemia. OBJETIVO: Analisar a prevalência de depressão entre a população brasileira, no ano de 2021. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo é caracterizado como quantitativo, descritivo e correlacional, com dados referentes às Capitais e ao Distrito Federal (DF), por meio dos quais será avaliada a porcentagem de brasileiros, com idade igual ou superior a 18 anos, que referiram diagnóstico de depressão no ano de 2021. As informações procedem da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), base de dados do Ministério da Saúde. RESULTADOS: Entre as capitais e o DF, a cidade com a menor prevalência de depressão foi Belém, tendo em vista que cerca de 7,2% dos adultos afirmaram ter sido diagnosticados com essa enfermidade no ano de 2021. Por outro lado, a maior frequência entre as localidades incluídas na pesquisa corresponde a Porto Alegre, com um número aproximado de 17,5% da população, a partir dos 18 anos, referindo diagnóstico de depressão. A média das proporções entre os locais investigados ficou em torno de 11,5%. CONCLUSÃO: Segundo a OMS, a prevalência de depressão na população mundial é de 4,4%. Conclui-se, portanto, que parcela expressiva da população brasileira possui diagnóstico de depressão, uma vez que a média entre as capitais e o DF foi de aproximadamente 11,5%, o que representa um valor 7,1% acima da média global. Assim, é necessária a criação de estratégias eficientes, inclusive pelas equipes de Saúde da Família, no cuidado do paciente com depressão.Palavras-chave: Transtorno depressivo, Pandemia, Saúde mental, Sofrimento psíquico, Princípio da integralidade da atenção.