Perfil epidemiológico do suicídio no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de 2010 a 2016

Abstract

Resumo Introdução A sistematização de informações sobre o fenômeno do suicídio é imprescindível para subsidiar o planejamento de ações e estratégias de intervenção. Objetivo Descrever características epidemiológicas da mortalidade por suicídio no estado do Rio Grande do Sul de 2010 a 2016. Método Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade e analisados segundo variáveis sociodemográficas. Foi utilizado o método de Prais-Winsten para estimar a variação média anual e indicar a tendência dos coeficientes. Resultados Foram registrados 7.796 óbitos no período analisado, correspondendo a um coeficiente médio de 10,7 por 100 mil habitantes. Aproximadamente 80% dos suicídios foram de homens e 40% do total se concentrou entre 40 e 59 anos de idade. Os coeficientes mais altos foram encontrados entre pessoas idosas. Foi verificada tendência de mortalidade crescente para mulheres e decrescente para homens na faixa etária de 20 a 29 anos. Entre 10 e 14 anos de idade, foi identificada tendência crescente para o sexo feminino. Na média do período, os maiores coeficientes concentraram-se no centro e norte do estado. Conclusão São sugeridos estudos aprofundados nas regiões e nos grupos prioritários apontados, a fim de subsidiar o aprimoramento de políticas públicas para a prevenção do suicídio.

Suicide mortality in Brazil: temporal analysis (2010-2021) and comparison with the first two years of the COVID-19 pandemic

“…Regarding marital status, note that being married, which means, having a partner, gives a greater chance of protection against suicide (lower rates). The same result was observed by Fattah et al 20 , who highlighted that social isolation, loneliness, and lack of a support network can emerge as significant risk factors in relation to suicide. It should be observed, however, that relationships characterized by conflict and violence can also play a prominent role in predisposing to suicidal risk.…”

“…Even though the SIM is national and publicly accessible, it is questionable whether the filling in of the data made by the professionals is actually complete and faithful to the facts that occurred; otherwise, they could reduce the accurate dimension of this problem. The need to confirm the intention to die can confuse the data and pressure families to omit the nature of death 8,20 .…”

Mortalidade Por Violência Autoprovocada Em Mulheres Em Idade Fértil No Rio Grande Do Norte

“…ciência plural Em relação à escolaridade, as mortes foram mais frequentes nas faixas etárias de 4 a 7 anos de estudo (16,7%) e 8 a 11 anos de estudo (16,7%) em 2012 e 4 a 7 (27%) anos de estudo em 2021. Estudo realizado em um estado do sul do Brasil revelaram taxas mais altas de suicídio também entre a população com até sete anos de estudo 13 .…”

“…ciência pluralConsiderando o período inicial e final do estudo, observou-se que a faixa etária de maior ocorrência de mortalidade em mulheres por lesão autoprovocada foi de 30 a 39 anos em 2012 (41,2%) e de 40 a 49 anos em 2021 (38,5%). Em estudo realizado no Rio Grande do Sul, entre os anos 2010 e 2016, evidenciou-se que entre as MIF os óbitos por suicídio tiveram maiores prevalências nas faixas etárias de 30 a 39 anos (15,9%) e 40 a 49 anos (20,7%)13 , corroborando os dados da presente pesquisa.Quanto ao estado civil, predominaram os suicídios em mulheres solteiras, tanto em 2012 (54,2%) como em 2021 (53,9%). Esses dados coincidem com os resultados apresentados em estudo realizado no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil, no período de 2011 a 2016, o qual evidenciou maiores proporções de mulheres solteiras que evoluíram a óbito por suicídio14 .…”