Perfil epidemiológico das infecções por COVID-19 no município de Parnaíba-PI

Abstract

Introdução: O comportamento da pandemia de COVID-19 resulta de diversos fatores, tais como características virais, populacionais e emprego de medidas de controle do número de casos. A variedade de tais fatores em cada território é responsável por criar perfis epidemiológicos únicos, o estudo destes perfis é essencial para entender o comportamento da epidemia e planejar medidas de enfrentamento contra a doença. Para tal fim, o estudo atual propõe investigar o perfil das infecções pelo novo coronavírus no município de Parnaíba-PI. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico das infecções por SARS-CoV-2 no município de Parnaíba-PI. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo secundário, o qual se utilizou de dados coletados através da ficha de notificação de casos de COVID-19, entre os meses de março de 2020 e 2021, não foram incluídos na análise os casos cujo os dados nas fichas de notificação estivessem incompletos. Resultados: Foram incluídos na análise 11.864 casos diagnosticados no período. Conclusão: Os casos analisados foram constituídos principalmente de mulheres, e se apresentaram principalmente em faixas etárias de 20 a 59 anos, com pico de incidência na faixa de 30 a 39 anos. A grande maioria não relatou comorbidades ou situações de risco. Os sintomas mais referidos foram febre, tosse e dor de garganta.

O perfil das comorbidades em pacientes com COVID-19 no município de Parnaíba-PI

“…A presença de fatores de risco aumenta em 6 vezes a chance de um paciente infectado por COVID-19 ser encaminhado para o serviço de emergência, pois as comorbidades por si só causam alterações estruturais no corpo de seus portadores, como os pacientes com diabetes que tem uma redução da função fagocítica. Quando além da comorbidade, o paciente está com uma infecção viral, as chances de alteração na cascata de coagulação, destruição da parede dos vasos sanguíneos e na resposta inflamatória, podem acabar levando a formação de trombos (Ejaz et al, 2020;Silva júnior et al, 2021).…”

“…Os obesos possuem um número maior de receptores ECA 2 no tecido adiposo, o que pode predispor a maiores taxas de infecção e gravidade (Banerjee et al, 2020). Além da obesidade estar relacionada ao aumento da circulação de citocinas, que levam a uma exacerbação da resposta inflamatória, o que pode contribuir para as complicações (Santos et al, 2021). Diante desses fatos, nossa amostra contou com apenas 15 pacientes obesos, sendo que 14 desses só tinha a obesidade como comorbidade e somente 1 paciente tinha mais 1 condição associada, mostrando possivelmente que houve a subnotificação dessa condição no registro.…”

“…Os pacientes que tem comorbidades possuem alterações que impactam na sua qualidade de vida, com a infecção, o SARS-CoV 2 pode exacerbar essa condição. Esses pacientes realizam tratamento para sua condição de base, que podem ser agressivos e/ou causar imunossupressão, tornando o indivíduo ainda mais suscetível (Favreto et al, 2021;Santos et al, 2021).…”

Os impactos da pandemia COVID-19 no diagnóstico e tratamento do câncer de mama, uma revisão sistemática na literatura

“…E uma vez o rastreio, e consequentemente, o diagnóstico precoce do câncer de mama, estando ainda mais prejudicado, há um impacto direto na sobrevida e prognóstico destas pacientes, arriscadas a tornarem-se percentis a mais nas taxas de mortalidade. (Dos Santos Leandro, et al, 2020;De Oliveira Santos, et al, 2021;De Figueiredo, et al,2021).…”