Introdução: A Enfermagem, maior categoria da área da saúde, composta por auxiliares, técnicos e enfermeiros. Historicamente, essa classe exerce suas atividades laborais enfrentando condições de trabalho precárias. A pandemia da Covid-19 exacerbou questões do processo de trabalho da enfermagem, ameaçando inclusive a sobrevivência desses profissionais. Objetivo: descrever o perfil dos profissionais de enfermagem que atuavam em unidades coorte em um Hospital Universitário durante a pandemia da Covid-19. Método: estudo quantitativo, observacional, descritivo. Utilizou-se questionário eletrônico na plataforma Google forms, respondido por profissionais de enfermagem que atuavam em unidades coorte de Covid-19 em um Hospital Universitário do Estado do Rio de Janeiro. Dados armazenados no Excel 2010 e analisados por estatística simples. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: participaram 220 profissionais, 71,1% técnicos de enfermagem, 78,8% se declararam do sexo feminino, com faixa etária predominante entre 40-44 anos (21,9%). Possuíam vínculo temporário 83,9%, atuando por pelo menos três meses nas unidades, evidenciando a precarização do trabalho, já que o vínculo temporário priva o profissional de direitos trabalhistas. (75%) afirmaram ter um segundo vínculo; 60,3% trabalhavam 60h semanais. 72,6% tinham segundo vínculo e atuavam em setor coorte, aumentando assim a exposição ao vírus e o risco de contaminação destes profissionais. 28,1% dos participantes afirmaram ter alguma comorbidade como: hipertensão arterial, obesidade, asma e diabetes. Conclusão: o gênero feminino, o duplo vínculo e a carga horária excessiva foram fatores que aumentaram a exposição dos profissionais de enfermagem ao SARS-CoV-2, comprometendo a saúde física, mental e social destes indivíduos.