Perfil das pacientes com doença Trofoblástica Gestacional atendidas em centros de saúde suplementar da Amazônia

Abstract

A Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) é uma complicação rara na gravidez que divide-se em dois grupos: Mola Hidatiforme (MH) e Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG). O objetivo da pesquisa foi calcular a frequência de DTG em pacientes atendidas em dois centros de referência oncológica de saúde suplementar da cidade de Manaus de 2011 até dezembro de 2019, especificamente, descrever dados sociodemográficos e clínicos, calcular a evolução para NTG classificando as mesmas em alto e baixo risco, assim como descrever formas de tratamento e calcular mortalidade. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, que incluiu pacientes com diagnóstico de DTG que foram atendidas em dois centros suplementares de Manaus de 2011 até dezembro de 2019. Os dados foram obtidos através de entrevistas e preenchimento de protocolo do estudo, após a assinatura do TCLE, depois foram tabulados e analisados estatisticamente. A frequência de DTG foi de cinco pacientes, a idade média foi 32,2 anos. Em sua maioria eram brancas (80%) e possuíam ensino superior completo (80%). A frequência de NTG foi de três pacientes (60%), 100% de baixo risco, 33% apresentaram metástase pulmonar e 100% realizaram monoterapia com Metotrexato. Não ocorreram óbitos nas pacientes da cauística, ficando abaixo da média brasileira de 4% 5.

Frequency and factors associated with gestational trophoblastic neoplasia in patients treated at a referral center in western Brazil

“…The main site of metastasis was the lung in 54.5% of the cases, in agreement with data found in the literature. (FREITAS et al, 2020) The mortality found was 27.3% of the patients, considered very high compared to the Brazilian average of 4% (FREITAS et al, 2020) and of the private centers in the city of Manaus where no deaths were observed (CABRAL et al, 2022). Despite the decrease in the morbidity and mortality of GTN in Brazil in recent decades, mainly due to advances in diagnosis, treatment and the organization and standardization of conducts in referral centers, the same did not occur in users of the public health system in Amazonas.…”