Abstract:É expressamente proibida a comercialização deste documento, tanto na sua forma impressa como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a identificação do autor, título, instituição e ano da tese/dissertação.
“…A apreciação adequada do tempo de permanência hospitalar só é possível a partir do agrupamento das AIHs repetidas para uma mesma internação, uma vez que nos hospitais psiquiátricos não é raro que as permanências superem os 45 dias e as AIHs subsequentes nem sempre mantenham numeração original, conforme preconiza o MS na Portaria nº 111, de 2001. Esse procedimento de agrupamento foi executado por Szabzon 13 , mas foi desconsiderado por outros autores 24,25 . Na comparação com as pesquisas que usaram metodologia de agrupamento de AIHs, Szabzon 13 encontrou redução das internações mais prolongadas de 2000 a 2010, em residentes no município de São Paulo.…”
Section: Discussionunclassified
“…Por outro lado, a utilização de bancos de dados oficiais de internação (SIH/SUS) permite o estudo de grandes amostras por longos períodos observacionais. A partir das técnicas de agrupamento de AIHs já descritas e validadas na literatura 5,13,30 , torna-se possível individualizar as internações e extrair diversas variáveis de interesse epidemiológico.…”
Section: Discussionunclassified
“…Uma vez identificadas as AIHs seriadas de uma mesma internação, estas foram agrupadas consolidando-se as informações variáveis da seguinte forma: a) a data de internação considerada foi a menor data da série; b) a data de saída considerada foi a maior data da série; c) o tempo de permanência foi calculado pela subtração entre a data de saída e a data da internação após a consolidação; d) a idade considerada foi a do primeiro registro da série; e) o diagnóstico (segundo a CID-10) 12 considerado foi o do último registro da série. Procedimento semelhante foi descrito por outros autores que encontraram a mesma dificuldade ao utilizar o banco de dados do SIH-SUS para análise das internações psiquiátricas 5,13 .…”
Resumo O objetivo deste artigo é analisar a evolução no perfil das internações psiquiátricas pelo Sistema Único de Saúde em hospitais psiquiátricos do Estado de Minas Gerais entre 2001 e 2013. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do SUS. A análise de tendência deu-se através de procedimentos de regressão, em que o ano foi variável independente e as variáveis dependentes foram as características dos pacientes (sexo, idade, diagnóstico) e das internações (localidade, natureza jurídica do hospital, tempo de permanência). Foram incluídas 202. 188 internações em 25 hospitais. Houve alterações significativas no perfil nosológico das internações psiquiátricas, com elevação da proporção das internações por transtornos ligados ao abuso de substâncias e redução por transtornos psicóticos. O estudo se insere no contexto da reforma da assistência à saúde mental em Minas Gerais, produzindo informações relevantes para subsidiar as políticas de saúde mental na direção à universalização, humanização e superação das desigualdades de acesso aos serviços de saúde.
“…A apreciação adequada do tempo de permanência hospitalar só é possível a partir do agrupamento das AIHs repetidas para uma mesma internação, uma vez que nos hospitais psiquiátricos não é raro que as permanências superem os 45 dias e as AIHs subsequentes nem sempre mantenham numeração original, conforme preconiza o MS na Portaria nº 111, de 2001. Esse procedimento de agrupamento foi executado por Szabzon 13 , mas foi desconsiderado por outros autores 24,25 . Na comparação com as pesquisas que usaram metodologia de agrupamento de AIHs, Szabzon 13 encontrou redução das internações mais prolongadas de 2000 a 2010, em residentes no município de São Paulo.…”
Section: Discussionunclassified
“…Por outro lado, a utilização de bancos de dados oficiais de internação (SIH/SUS) permite o estudo de grandes amostras por longos períodos observacionais. A partir das técnicas de agrupamento de AIHs já descritas e validadas na literatura 5,13,30 , torna-se possível individualizar as internações e extrair diversas variáveis de interesse epidemiológico.…”
Section: Discussionunclassified
“…Uma vez identificadas as AIHs seriadas de uma mesma internação, estas foram agrupadas consolidando-se as informações variáveis da seguinte forma: a) a data de internação considerada foi a menor data da série; b) a data de saída considerada foi a maior data da série; c) o tempo de permanência foi calculado pela subtração entre a data de saída e a data da internação após a consolidação; d) a idade considerada foi a do primeiro registro da série; e) o diagnóstico (segundo a CID-10) 12 considerado foi o do último registro da série. Procedimento semelhante foi descrito por outros autores que encontraram a mesma dificuldade ao utilizar o banco de dados do SIH-SUS para análise das internações psiquiátricas 5,13 .…”
Resumo O objetivo deste artigo é analisar a evolução no perfil das internações psiquiátricas pelo Sistema Único de Saúde em hospitais psiquiátricos do Estado de Minas Gerais entre 2001 e 2013. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do SUS. A análise de tendência deu-se através de procedimentos de regressão, em que o ano foi variável independente e as variáveis dependentes foram as características dos pacientes (sexo, idade, diagnóstico) e das internações (localidade, natureza jurídica do hospital, tempo de permanência). Foram incluídas 202. 188 internações em 25 hospitais. Houve alterações significativas no perfil nosológico das internações psiquiátricas, com elevação da proporção das internações por transtornos ligados ao abuso de substâncias e redução por transtornos psicóticos. O estudo se insere no contexto da reforma da assistência à saúde mental em Minas Gerais, produzindo informações relevantes para subsidiar as políticas de saúde mental na direção à universalização, humanização e superação das desigualdades de acesso aos serviços de saúde.
“…A redução da taxa de pacientes internados em hospitais especializados foi concomitante ao aumento na taxa de pacientes internados em hospitais gerais, corroborando o que foi verificado em estudos anteriores [4][5][6]9 .…”
Section: Discussionunclassified
“…Estudos anteriores empreenderam o desafio de verificar alterações nas taxas de internação utilizando os dados disponibilizados pelo Datasus com abrangência municipal ou estadual [4][5][6][7][8][9][10][11][12][13] . Uma limitação imposta a estes estudos é a não identificação dos pacientes nos dados disponíveis, inviabilizando que indiquem o percurso de internações e análises individualizadas por paciente.…”
OBJETIVO Caracterizar o perfil dos pacientes que foram internados por transtornos mentais e comportamentais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil entre 2000 e 2014, bem como verificar como aspectos da nova política de saúde mental influenciaram a taxa de pacientes internados no referido período. MÉTODOS Estudo de coorte prospectiva não concorrente utilizando dados secundários de pacientes internados com diagnóstico primário de transtornos mentais e comportamentais entre 01/01/2000 e 31/12/2014. Foram selecionadas variáveis sociodemográficas, clínicas e de características do hospital, além disso, foram calculadas as taxas gerais de pacientes internados segundo motivo de internação, tipo de hospital, natureza jurídica e número de internações de cada paciente por ano. Foi testada a associação entre taxas de pacientes internados, número de leitos psiquiátricos por ano e número de Centros de Atenção Psicossocial por ano. RESULTADOS Foram selecionados 1.549.298 pacientes dos quais os diagnósticos mais frequentes na primeira internação foram os transtornos devidos ao uso de substâncias psicoativas, seguidos por esquizofrenia e transtornos de humor. A mediana de internações por paciente foi de 1,9 e a de tempo de internação por paciente foi de 29 dias. A taxa geral de pacientes internados foi reduzida à quase metade no período. O número de leitos por ano apresentou associação positiva com as taxas de pacientes internados, e o número de CAPS por ano teve associação negativa com algumas taxas de pacientes internados. CONCLUSÃO Verificou-se que, mesmo diante de um contexto de adversidades, a Política Nacional de Saúde Mental avançou em suas metas de reduzir progressivamente os leitos hospitalares e aumentar a oferta de serviços substitutivos de tal modo que ambas as estratégias foram associadas à redução das taxas de pacientes internados. Contudo, as mudanças foram percebidas com maior intensidade nos primeiros anos de implantação da política, tornando-se menos pujante nos últimos anos.
During the COVID-19 pandemic, Brazilian urban peripheries have been severely affected both by the spread of the virus and by social, political, and economical dynamics, raising concerns about the psychological wellbeing and mental health of the population living in these areas. The pandemic broke out in a context of reduced public spending in social and health policies as well as in a process of erosion of social rights, fostering processes of exclusion and highlighting the association between austerity, the increase in poverty and inequality as well as in health and mental health problems indicators. This article presents the results of a qualitative participatory research that investigated subjective experiences in a peripheral neighborhood of São Paulo, Brazil, aiming to understand how contextual dynamics played a role in shaping mental health experiences during the COVID-19 pandemic. A multidisciplinary team of researchers worked closely with local volunteers trained to provide emotional support calls to neighbors of the community who signed up for the project. This article presents three ethnographic cases of women who had their routines strongly affected by the suspension of public and social protection services for the containment of the SARS-CoV-2 pandemic, leading to psychological suffering due to the increased demand of “domestic circuits of care”. We argue that within a context of austerity, the pandemic was remarkably harsh in urban peripheries and, specifically, for women with caring responsibilities. In addition to highlighting the pervasive “social protection gap”, the cases presented in this paper also reveals the unequal dynamics of the social reproduction work in several layers, which falls mainly on women's shoulders. The “crisis of care”, proposed by gender and feminist scholars, can contribute to understanding the psychological outcomes of the COVID-19 pandemic for these women.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.