Perfil da assistência hospitalar prestada por enfermeiras residentes em obstetrícia em Brasília, Distrito Federal

Abstract

Objetivo: Descrever os resultados de parâmetros de assistência ao parto prestado por enfermeiras residentes de enfermagem obstétrica em um hospital-ensino do Distrito Federal.
 Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa por meio de análise documental. A busca da amostra foi feita a partir de caderno de registro dos partos normais e de prontuário eletrônico. A amostra foi composta por 142 prontuários. Os partos analisados foram realizados no período de fevereiro de 2011 a maio de 2015. Utilizou-se na análise dos dados o Microsoft Office Excel (2010).
 Resultados: Foram analisados 142 prontuários. A faixa etária preva‑ lente entre as parturientes foi de 20 a 30 anos (48,6%), em sua maioria solteiras (28,2%), primigestas (35,2%) e com gestação a termo (38%). Os exercícios facilitadores mais utilizados foram posições verticais (15,3%) e deambulação (11,4%). A maioria dos partos foram conduzidos sem uso de ocitocina (62,7%). A posição litotômica materna foi predominante (73,9%). Na maioria dos partos não foi realizada episiotomia (85,2%) e a laceração de primeiro grau ocorreu em 70,9%. A maioria dos neonatos obteve um índice de Apgar acima de 7 no primeiro e no quinto minuto de vida (88,7% e 95,1%).
 Conclusão: Os achados revelam que as enfermeiras residentes estabelecem práticas de cuidado humanizado baseadas em evidências científicas. A única conduta amplamente empregada durante os partos que contradiz o recomendado é o predomínio da posição litotômica, provavelmente por questões culturais que envolvem os profissionais e as gestantes. Portanto, os achados deste estudo contribuem para o aprimoramento da assistência obstétrica. Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Parto Normal; Cuidados de Enfermagem.

Challenges in the implementation of good practices in childbirth care / Desafios na implementação das boas práticas de atenção ao parto

“…In three studies, it was possible to identify that the implementation of this right is made impossible by the institutional routine itself, which does not allow male companions, a restriction imposed by the presence of collective rooms. [14][15]20 Another factor mentioned was the inadequate physical structure that does not allow adequate accommodation of the companion, besides overcrowding and the consequent lack of private clothes. 11,18,24,20 And finally, the resistance of professionals to accept the presence of the companion.…”

“…19 It is known that interdisciplinary action in labor and delivery care is an important strategy for the humanization of care, however, it was found in five studies, the difficulty in achieving interdisciplinary care, due to the hegemonic posture of some medical professionals, associated with the traditional and technocratic model, since some doctors do not accept the decisions and approaches made by the nursing team, making it impossible to implement good practices in childbirth care. 10,14,17,21,23 Practices such as amniotomy, indiscriminate use of oxytocin and peripheral venous access, routine episiotomy and in some cases without the pregnant woman's consent, kristeller maneuver, enema, trichotomy, restriction to supine position, vaginal touches performed by more than one professional, are procedures often performed in childbirth care in Brazil, and strongly discouraged by WHO and MS because they are not beneficial and/or are harmful to women and newborns. 2,4 The role of the obstetric nurse in the care process during labor and birth has determined a humanized care, with a preponderance of good practices recommended and based on scientific evidence, reducing unnecessary and harmful interventions.…”

“…Therefore, for there to be an advance in childbirth care towards humanized care that respects the physiology and autonomy of women, it is necessary to invest in the development of strategies that ensure an interdisciplinary approach and the autonomy of nurses as members of the multidisciplinary team. 10,[13][14] It is described that some studies pointed out the unpreparedness or lack of information of the parturient woman about labor and delivery, as a factor that has hindered the implementation of good practices, where the nursing staff reports resistance of women against the guidelines that can contribute to the birth process. 16,18,[22][23] It is emphasized the importance of physical and psychological preparation of the parturient woman during prenatal care, through health education activities that provide self-knowledge, understanding of the birth process and a more conscious, positive and safe experience.…”

A percepção do enfermeiro na humanização do cuidado paliativo em pacientes crônicos

“…O enfermeiro que atua nos cuidados paliativos de doentes em estágio terminal deve orientar tanto paciente, como também os familiares, esclarecendo dúvidas sobre medicamentos, tratamento e procedimentos, para tanto é necessário que o profissional tenha base científica para realizar a educação sem saúde de forma clara, prática e objetiva (CAMPOS et al, 2016). Assim sendo, a enfermagem é indispensável na equipe de cuidados paliativos, especialmente pela sua base filosófica, sendo a profissão destinada à arte de cuidar, sendo fundamental do cuidado direto ao paciente oferecendo qualidade de vida (HERMES; LAMARCA, 2013).…”

História oral de enfermeiras na atenção ao parto e nascimento na Colômbia

“…O processo de parto e nascimento coloca a mulher diante de uma série de mudanças fisiológicas e emocionais, que a levam a ter uma vivência singular com necessidade de cuidado integral e individualizado (Watson, 2000). A participação da enfermeira obstetra no cenário do parto pode favorecer o equilíbrio entre o processo fisiológico e as intervenções necessárias, pois este profissional avalia riscos e identifica possíveis complicações, buscando medidas não invasivas antes de recorrer a tecnologias, dessa forma, prestando assistência de forma segura, individualizada e com baixo custo para a instituição (Campos et al, 2016a).…”