Introdução: A tuberculose ainda representa um problema de saúde pública, mesmo com a evolução das formas de tratamento, em virtude de sua transmissibilidade e de sua letalidade, sobretudo no Brasil, um país desigual. Por isso, este estudo possui como objetivo geral identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com Tuberculose em Teresina - PI de 2018 a 2022, com vista a contribuir com a implantação de medidas de saúde pública. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, no qual se utilizou dados da base do Sistema de Informações em Saúde, disponível no departamento de Informática do SUS – DATASUS, além do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram coletados dados referentes ao perfil epidemiológico e a prevalência da tuberculose no Brasil, Piauí e em Teresina, entre os anos de 2018 a 2022. Resultados e Discussão: No contexto brasileiro, a região Sudeste apresentou maior prevalência de casos (44,80%), seguida da região Nordeste com 26,17%. Em Teresina foram realizadas 2.026 notificações de Tuberculose, apresentando uma tendência de crescimento, semelhante ao padrão do estado do Piauí, no qual foram notificados 4.198 casos. Além disso, em Teresina-PI, no perfil epidemiológico 64,97% são do sexo masculino, 35,03% do sexo feminino, e em relação a raça/etnia, 63,6% dos pacientes se autodeclaravam pardos, 17,8% de brancos e 17,8% pretos, acometendo mais pessoas da faixa etária dos 20-39 anos (35,90%) e dos 40 aos 59 anos de idade (35,09%). Quanto a escolaridade da população teresinense, no presente estudo, foi identificado uma maior prevalência de 21,54% para 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental, 14,42% representando pacientes com ensino médio completo, 12,78% referente a pacientes com escolaridade da 5ª a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental, 12,74% de analfabetos, sendo que as menores taxas foram 2,54% e 5,68. Conclusão: O perfil epidemiológico se destaca com pessoas autodeclaradas pardas e do sexo masculino, na faixa etária dos 20-59 anos de idade e de baixa escolaridade, sendo as regiões Nordeste e Sudeste as mais acometidas, além de incidências crescentes no Piauí e em Teresina.