O vírus varicela-zóster (VZV), ou herpesvírus tipo 3, causa duas síndromes virais distintas: varicela (catapora) e herpes-zóster. O principal fator desencadeante do herpes zóster é a idade avançada, seguida por imunossupressão, trauma e irradiação. O herpes-zóster oftálmico (HZO) se inicia com o pródromo de febre, cefaleia e fadiga, e, posteriormente, evolui com manifestações cutâneas localizadas no dermátomo inervado pelo ramo acometido. O exantema inicia-se como erupção maculopapular, evoluindo para vesículas de conteúdo claro que tornam-se pústulas flavas e, posteriormente, crostas. Alguns sinais são característicos do acometimento do ramo trigêmio, como o sinal de Hutchinson (vesículas e pústulas na ponta do nariz). O tratamento da fase aguda do HZO é sistêmico, com o uso de antivirais orais no paciente imunocompetente e tópicos quando há ceratite. Relato de caso: Paciente de 82 anos, proveniente de Onça de Pitangui, MG. Apresentou-se em abril/2018 à UBS queixando-se de hiperemia, dor conjuntival e secreção ocular flava, além de lesão pruriginosa em região frontal. É firmado o diagnóstico de conjuntivite bacteriana e iniciado tratamento com Cilodex®. Após 3 dias, paciente evolui com aparecimento de pústulas em região frontal e dorso nasal. Encaminhado ao hospital em Belo Horizonte, foi efetuado diagnóstico de ceratite