Percepções de Tutores sobre o Assédio Sexual Sofrido por Jovens Trabalhadores nas Organizações

Abstract

Os estudos sobre assédio sexual nas organizações ainda são poucos explorados na área da Administração e carecem de problematização quanto ao consentimento, submissão e liberdade dos indivíduos. Assim, o objetivo deste artigo é analisar como são percebidas situações de assédio sexual vivenciadas por jovens trabalhadores sob a perspectiva dos profissionais da Associação Alfa que os assistem e contribuem para sua inclusão no mundo do trabalho. Para tanto, realizou-se um estudo de caso, de natureza exploratória e abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado com 21 profissionais da Associação, cujos dados foram submetidos à análise de conteúdo. Inicialmente, tentou-se entrevistar os jovens trabalhadores, mas a Associação negou terminantemente qualquer contato com eles. Percebeu-se que os jovens que sofreram assédio sexual são predominantemente do gênero feminino e que a situação vivida traz consequências de natureza pessoal e profissional. Esse tratamento foi percebido como necessário para a desmistificação do tema, assim como para uma compreensão mais clara e desnaturalizada dessa prática nas relações de trabalho, evitando-se a culpabilização da vítima e a banalização da agressão, de modo que experiências dessa natureza não comprometam a desses futuros profissionais.

The Role of Resilience in the Creation of Meaningful Work for Young Brazilian Workers, Victims of Moral Harassment

“…The first two attitudes are considered outrage against dignity of the victim and the third is considered a purposeful deterioration of working conditions of the victim. From the interviewees' statements, it can be inferred that these attitudes towards young workers are not punctual, and thus are cases of moral harassment, as reported in other studies on the topic (HIRIGOYEN, 2011; and with such a group of workers (OLETO et al, 2018(OLETO et al, , 2020. In addition, it was possible to identify three types of moral harassment.…”

“…Some authors deal with these processes of reframing in the work environment, of transforming suffering into pleasure in order to maintain a certain psychic integrity and maintain levels of motivation for work. However, a distorted formation of a young worker can lead to the formation of perverse personalities in the future, that is, in the specialized workforce of the future, which is worrying in terms of professional career (FRANCO et al, 2018;OLETO et al, 2018;.…”

“…In this context, Oliveira and Godoy (2015) highlight the importance of an effective resilience process among young workers to deal with situations of vulnerability and adversity and to overcome them, since, according to the authors, the positive aspects attributed to work in adolescence override the negatives. Therefore, it is necessary to understand the different forms of occurrence of psychological and physical violence or moral harassment in the workplace by young people, as well as the different ways they use to face these types of violence at work, such as the resilience process (OLETO et al, 2020), since the way in which they deal with these experiences can bring reflexes to the adult and to the professional being trained (OLETO et al, 2018).…”