Percepções de puérperas sobre o cuidado de enfermagem no alojamento conjunto Perceptions of puerperas on nursing care in joint accommodation

Abstract

RESUMO Objetivo: Conhecer a percepção das puérperas sobre o atendimento dos profissionais de enfermagem no alojamento conjunto. Métodos: Estudo qualitativo exploratório-descritivo, realizado em um hospital de médio porte no interior do Rio Grande do Sul com 15 mulheres no puerpério imediato. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Região da Campanha, sob o número do CAAE 62/2013. Utilizou-se a letra “P” para identificar as puérperas, seguidos pelo número sequencial das entrevistas. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada aplicadas às puérperas nos meses de outubro a novembro de 2013. Para tratamento dos dados utilizou-se a análise de conteúdo. Resultado: Os depoimentos deram origem a duas categorias: cuidados prestados pela Enfermagem no alojamento conjunto e orientações a cerca do auto-cuidado e cuidados com o recém-nascido. Conclusão: A percepção das puérperas quanto ao atendimento da equipe de Enfermagem foi positiva, porém as ações educativas mostraram-se frágeis.

Práticas de cuidado no puerpério desenvolvidas por enfermeiras em Estratégias de Saúde da Família

“…Dentre suas ações importantes, é possível destacar o fornecimento de orientações sobre o autocuidado e a avaliação do estado psicológico materno, cuidados com o RN e acolhimento e esclarecimento de angústias, receios, desejos e necessidades individuais de cada mulher. [1][2][3][4][5][6] Nessa perspectiva, as enfermeiras relataram as informações abordadas durante a consulta puerperal. Observa-se que as orientações partem do nascimento do RN até o momento atual da consulta.…”

“…vivenciadas nesse ciclo podem expor as mulheres a agravos específicos de morbimortalidade materna. [2][3][4] Assim, as puérperas merecem atenção especial dos serviços e profissionais de saúde, os quais precisam estar comprometidos na avaliação e no cuidado dispensado à mulher, ao RN e à família. 5 Essa fase é cercada por experiências únicas, e as práticas de cuidado desenvolvidas pelos profissionais de saúde precisam contemplar ações voltadas ao RN e à puérpera, a qual necessita ser avaliada quanto à presença e à gravidade de alterações físicas e emocionais.…”

“…2 Desde essa perspectiva, nas ESF, a consulta de puerpério e a visita domiciliar (VD) não têm se constituído em espaços para acolher as angústias, receios, desejos e necessidades das mulheres. [3][4][5][6][7][8][9][10][11] Ao que se refere à consulta puerperal, apesar de constituir uma das ações previstas no cuidado à saúde da mulher, são baixas a frequência das consultas na APS e, quando ocorrem, voltam-se meramente à questão da anticoncepção. 3 Dentre as razões para a baixa frequência de consultas puerperais, autores na área citam a ausência desse atendimento no serviço de saúde, falta de agendamento da consulta específica para puérperas, desorganização no agendamento, perda de prontuários, dificuldade das usuárias em obter informações e resistência das mulheres em realizar a consulta com o enfermeiro, exigindo a presença ou a realização do atendimento por um médico.…”

Atuação do enfermeiro nos cuidados ao recém-nascido em alojamento conjunto: uma revisão integrativa

“…No que tange o estudo de Mercado, Souza, Silva e Anseloni (2017), foi apontado orientação quanto aos cuidados com o coto umbilical, sobre o banho de sol no lactente bem como sua higiene, com instruções de como realizar essa prática, assim como quanto à troca de fraldas. As orientações relatadas quanto aos cuidados com o RN, no estudo de Strefling et al (2017), foram referentes ao cuidado e higiene do coto umbilical e banho no RN.…”

“…O Profissional Enfermeiro não deve pressionar a parturiente a aprender, pois a educação em saúde visa oferecer informações sobre prevenção de doenças, promoção da saúde, ele é responsável por ensinar esses comportamentos saudáveis. Estudos comprovam que as puérperas possuem entusiasmo e satisfação quando o profissional estimula e ensina os métodos eficazes de cuidados que trarão benefícios para o RN (Strefling et al, 2017).…”