percepção do enfermeiro sobre a morte e o morrer.

Abstract

O presente trabalho intenciona identificar as estratégias dos enfermeiros para o enfrentamento do processo morte e morrer dos pacientes sob seus cuidados. O estudo consistiu em uma revisão narrativa através de pesquisa descritiva de artigos e livros. A coleta de dados foi realizada em base de dados virtuais, utilizando-se a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas seguintes bases de informação: BIREME; LILACS; SCIELO. Para tanto utilizou-se os seguintes descritores: Enfermeiro and Morte and morrer and Saúde Mental; Enfermeiro and Tanatologia and atitude frente a morte; identificou-se 94 artigos cujo tema central era morte e o morrer. após as leituras dos resultados, verificou-se somente 18 artigos do interesse do objetivo do estudo abordado. O período de coleta da revisão foi novembro de 2021. Foi estabelecida a questão de busca “O que as produções científicas abordam sobre os enfermeiros ante o processo de morte e morrer dos pacientes?” Como resultado foram traçadas as categorias: Percepção do enfermeiro sobre a morte e morrer; e as estratégias utilizadas pelos enfermeiros no enfretamento da dor da perda. Conclui-se que o enfrentamento pelo enfermeiro é uma questão dolorosa, ocasionando aflição, angústia e sofrimento para aqueles que a presenciam justamente por se tratar de um acontecimento pouco compreendido em nossa cultura. Palavras-Chave: Morte; Morrer; Saúde Mental; Enfermeiro; Atitude frente à Morte; Profissionais da Saúde.

O racismo institucional como barreira ao cuidado humanizado e equitativo em saúde

“…Os próprios professores de graduação, que deveriam caracterizar o racismo como um dos determinantes da saúde, disseminam julgamentos acerca da relação entre raça e saúde puramente a partir de dimensões biológicas (Inocêncio;Souza, 2014). Em uma releitura do racismo científico que desconsidera a sistemática violação de direitos básicos a essa população como a responsável pela vulnerabilidade em saúde.…”

Atitudes frente à morte e luto em profissionais de saúde na linha de frente do cuidado a COVID-19: uma revisão integrativa

“…Por conseguinte, o medo se tornou um sentimento de expressividade constante na vida desses profissionais e os eventos de mortes acentuaram os sintomas relacionados a ansiedade (CARDOSO et al, 2021;SANDOVAL et al, 2021), fazendo com que o luto -um processo naturalmente doloroso -passasse a ser experienciado de maneira mais prolongada e com prejuízos mais explícitos na saúde física e mental . Adicionalmente, a necessidade de continuar o trabalho em um cenário de calamidade pública enquanto processavam o luto, contribuiu com que os profissionais reprimissem alguns sentimentos, no intento de evitar a demonstração de desespero aos pacientes e familiares (CARDOSO et al, 2021;MONTEIRO et al, 2022).…”

“…A pandemia também evidenciou entre os profissionais de saúde atuantes na linha de frente do cuidado as dificuldades e fragilidades do ser humano em lidar com a morte, especialmente no que se refere à aceitação. Essa fragilidade se deve muito às diferentes percepções sobre a morte e o morrer, afinal, enquanto uma parte dos profissionais enxergava a morte como um fenômeno natural e que o seu dever foi cumprido, outra parte encarava com culpa e acreditava que não teria feito o suficiente para salvar aquele paciente (MONTEIRO et al, 2022).…”

“…No que tange à categoria analítica (3) que se refere às estratégias para promoção de saúde física e mental dos profissionais de saúde, evidenciou-se a necessidade da elaboração de estratégias de promoção da saúde mental direcionadas aos trabalhadores que atuam na linha de frente do cuidado a COVID-19 (CARDOSO et al, 2021;SANTOS et al, 2020;MONTEIRO et al, 2022). Igualmente, foi comprovada a indubitável importância de se repensar nos espaços de formação acadêmica o modo como os profissionais são preparados para lidar com situações de estresse, tendo em conta as singularidades e os aprendizados alcançados no decurso da pandemia de COVID-19 (SANTOS et al, 2020).…”

“…Atesta-se, pois, como imprescindível e premente, a oferta de assistência qualificada em saúde mental, voltada especificamente aos profissionais que atuam na linha de frente do cuidado a COVID-19, uma vez que a morte e o morrer provocam consequências psíquicas que demandam uma rede de apoio formal devidamente preparada para tanto (MONTEIRO et al, 2022). Com efeito, é de responsabilidade dos gestores das instituições buscarem estratégias para elaboração de planos voltados ao cuidado com a saúde física e mental dos profissionais.…”