2017
DOI: 10.5020/18061230.2017.5833
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Percepção de homens após infarto agudo do miocárdio

Abstract: Percepção de homens após infartoRev Bras Promoç Saúde, Fortaleza, 30(3): 1-9, jul./set., 2017 1

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“…O risco cardiovascular no âmbito das características individuais se relaciona às condições de existência enquanto articulação entre as formas de ser, estar e pensar, que são indissociáveis do grupo social de pertença, remetendo ao modo pelo qual o indivíduo vivencia o mundo e, consequentemente, se comporta e realiza escolhas (Marques, Mendes e Serra, 2017)� Assim, entende-se que o processo de doença se estende a toda estrutura familiar, ao mesmo tempo em que o paciente se beneficia do suporte da família em relação à manutenção da saúde, tendo a díade conjugal como o principal sistema de apoio (Hutz, Bandeira, Trentini & Remor, 2019)� Para tanto, as estratégias terapêuticas devem levar em conta a compreensão e a aceitação de que o tratamento do IAM é crônico, contínuo e à longo prazo (Vieira et al�, 2017)� No estudo, os cuidados dos cônjuges aos infartados foram destacados como o principal fator de auxílio no enfrentamento do adoecimento� Preponderantemente, estes cuidados se revelaram de característica assistencial, englobando o fornecimento da terapia medicamentosa e de alimentação adequada, repreensão frente aos esforços físicos contraindicados, busca por atendimento médico e auxílio nas atividades laborais� Nesse mesmo sentido, na pesquisa de Vieira et al (2017) também foi identificado o suporte positivo do núcleo familiar no contexto do infarto, sobretudo o proveniente da esposa, manifestado em cuidados assistenciais� Na mesma linha, Garcia et al� (2016) sinalizam que a partir do IAM e dos cuidados decorrentes, as funções e tarefas desempenhadas pelos integrantes do domicílio podem ser afetadas e revistas� Isto indica que a dinâmica familiar e, principalmente, a conjugal, tem suas estruturas mobilizadas a partir do evento� Tais resultados se assemelham aos obtidos neste estudo, no qual identificou-se que, como resultado da mobilização intensa dos cuidados para com o adoecido, a dinâmica da relação foi modificada, sobretudo nos aspectos de autonomia dos membros e na redistribuição dos papéis sociais desempenhados� Em se tratando especificamente dos cônjuges, como modo de efetivar o cuidado, observaram-se tentativas de controle do comportamento do paciente, através de práticas autoritárias e infantilizadoras por parte das esposas� Deve-se destacar que o valor das práticas de cuidado deve estar pautado na manutenção do equilíbrio familiar no qual paciente e a família ponderem as ações, evitando a imposição de papéis hierarquizados artificialmente.…”
Section: Discussionunclassified
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“…O risco cardiovascular no âmbito das características individuais se relaciona às condições de existência enquanto articulação entre as formas de ser, estar e pensar, que são indissociáveis do grupo social de pertença, remetendo ao modo pelo qual o indivíduo vivencia o mundo e, consequentemente, se comporta e realiza escolhas (Marques, Mendes e Serra, 2017)� Assim, entende-se que o processo de doença se estende a toda estrutura familiar, ao mesmo tempo em que o paciente se beneficia do suporte da família em relação à manutenção da saúde, tendo a díade conjugal como o principal sistema de apoio (Hutz, Bandeira, Trentini & Remor, 2019)� Para tanto, as estratégias terapêuticas devem levar em conta a compreensão e a aceitação de que o tratamento do IAM é crônico, contínuo e à longo prazo (Vieira et al�, 2017)� No estudo, os cuidados dos cônjuges aos infartados foram destacados como o principal fator de auxílio no enfrentamento do adoecimento� Preponderantemente, estes cuidados se revelaram de característica assistencial, englobando o fornecimento da terapia medicamentosa e de alimentação adequada, repreensão frente aos esforços físicos contraindicados, busca por atendimento médico e auxílio nas atividades laborais� Nesse mesmo sentido, na pesquisa de Vieira et al (2017) também foi identificado o suporte positivo do núcleo familiar no contexto do infarto, sobretudo o proveniente da esposa, manifestado em cuidados assistenciais� Na mesma linha, Garcia et al� (2016) sinalizam que a partir do IAM e dos cuidados decorrentes, as funções e tarefas desempenhadas pelos integrantes do domicílio podem ser afetadas e revistas� Isto indica que a dinâmica familiar e, principalmente, a conjugal, tem suas estruturas mobilizadas a partir do evento� Tais resultados se assemelham aos obtidos neste estudo, no qual identificou-se que, como resultado da mobilização intensa dos cuidados para com o adoecido, a dinâmica da relação foi modificada, sobretudo nos aspectos de autonomia dos membros e na redistribuição dos papéis sociais desempenhados� Em se tratando especificamente dos cônjuges, como modo de efetivar o cuidado, observaram-se tentativas de controle do comportamento do paciente, através de práticas autoritárias e infantilizadoras por parte das esposas� Deve-se destacar que o valor das práticas de cuidado deve estar pautado na manutenção do equilíbrio familiar no qual paciente e a família ponderem as ações, evitando a imposição de papéis hierarquizados artificialmente.…”
Section: Discussionunclassified
“…Como implicações consideráveis ao paciente, tem-se a redução da capacidade funcional, limitação na participação social, impacto na autonomia, comprometimento da qualidade de vida e redução da atividade sexual (Niehues, González & Vieira, 2016). Ainda que o IAM se qualifique enquanto uma ocorrência aguda que requer internação hospitalar, os reflexos perduram no domicílio, onde os integrantes da rede familiar também são influenciados na maneira de agir e viver (Garcia, Budó, Schwartz, Girardon-Perlini, Barbosa, Moreira, 2016)� Nesse sentido, é requerida uma atenção crônica e permanente posterior à resolução da fase aguda e crítica do evento, amparada nas vertentes medicamentosa e não medicamentosa� Quanto a esta última, a modificação do estilo de vida com enfoque nos hábitos alimentares e atividade física regular, é concebida como ponto-chave na terapêutica e na prevenção secundária (Vieira, da Silva Souza, Cavalcante, de Carvalho & de Almeida, 2017)�…”
Section: Introductionunclassified
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